Noites de inverno comumente trazem à tona nosso sentimentalismo e muitas vezes queremos nos isolar do mundo simplesmente deixando a música nos levar com nossa bad. Para isso, criamos essa playlist incrível para começar sua semana.
Marina and the Diamonds – Solitaire (Escolhida por Peterson Augusto)
O tanto que Marina já me ajudou nessa vida com suas composições só evidencia o fato de que ela é uma das minhas artistas preferidas da música. Eu sinto que ela tem uma música para cada momento da juventude à vida adulta, especialmente para quando bate aquela bad. Justamente, em “Solitaire”, a cantora mostra que a solidão faz parte da natureza humana e que é importante para o amadurecimento pessoal. Para ela, não há nada de errado em sentir a tristeza e, inclusive, é melhor aceita-la do que criar uma falsa felicidade para si. Marinão, eu escolhi te amar.
Birdy - Save Yourself (escolhido por Jhonatan Oliveira)
Aquilo - You There (escolhido por Jhonatan Oliveira)Birdy - Save Yourself (escolhido por Jhonatan Oliveira)
Birdy é uma cantora britânica de indie folk e indie pop. Nesta música, é claramente perceptível a grande melancolia diante de um coração partido, um amor desgastado de alguém que tenta salvar a si mesmo. O piano acompanha a triste letra que é composta e interpretada pela jovem e angelical cantora. É como ouvir realmente os anjos, principalmente, quando a música entra em desfecho, onde chegam os arrepios com a hipnotizante e mágica voz.
Radiohead – Fake Plastic Trees (escolhido por Gabriel Bonani)
Radiohead é a banda que basicamente revolucionou o rock alternativo e brincou com a emoção de qualquer adolescente dos anos 90, afinal os caras são mestres em dar aquele famigerado aperto no coração, não podemos negar. Em “Fake Plastic Trees”, a banda critica firmemente a modernidade ilusória, através de um storytelling um tanto quanto deprimente, porém comum a todos nós. Eles constroem um clima perfeito para você ficar rolando na sua cama enquanto problematiza a vida. É bem difícil achar uma composição com um arranjos de analogia tão ricos. “Fake Plastic Trees” vai te comover, talvez até demais. Espero que esteja pronto (a)!
Lorde – Buzzcut Season (Escolhido por Peterson Augusto)
Com letras carregadas de muita sabedoria e crítica social, Lorde também se faz indispensável na lista. “Buzzcut Season” é uma música em que promove um questionamento sobre as coisas do mundo, desde relações interpessoais até os maquinamentos da nossa sociedade. Nada está errado, mas também nada é real, já que as pessoas só querem viver na zona de conforto e ignorar os problemas afora, segundo a neozelandesa. Suas divagações são bem sérias e vão te fazer repensar sobre o modo como estamos vivendo, trazendo a inevitável bad. (Ps: volta Lorde!)
Aquilo é um duo inglês de indie e alternativo, considerados também por soft e electro-pop. Calma, com predominância do piano durante toda a música, You There conta com uma letra triste e curta. Trata de uma perdição, ou até uma forma de se encontrar, como diz a letra "Ask yourself/where is my reflection?" (Pergunte a si mesmo/onde está o meu reflexo?). A voz serena e arrepiante do Tom Higham acompanha o piano de seu parceiro Ben Fletcher, trazendo paz e umas lágrimas durante a canção composta por ambos.
Dido – White Flag (escolhido por Gabriel Bonani)
Dido é uma cantora inglesa responsável por grandes canções que estrearam em novelas nacionais, então por mais que de primeira talvez você não venha a memorizar qual música é essa, logo quando der play, já vai sentir toda a nostalgia que “White Flag” carrega consigo mesma, intensificando naturalmente a emoção. Quando a “bad” atacar, a faixa conseguirá facilmente tirar um pouquinho da amargura do seu sentimento, sem perder a essência, porque Dido tem o dom de fazer um mix perfeito de delicadeza com melancolia. Eu diria que é a música perfeita para te transportar para os clichês dramáticos do cinema, agregando muito glamour ao seu momento de lamentações.
Como fazer uma lista da deprê sem incluir a rainha das músicas tristes, Lana Del Rey? Acredito que todas as suas músicas teriam potencial para estarem aqui, mas “Dark Paradise” é especial porque fala comigo de uma maneira muito forte, além de ser a minha música preferida, da minha artista preferida. A letra fala sobre os sentimentos de alguém que não consegue superar o término do relacionamento com quem ainda ama, algo pelo que a maioria das pessoas já deve ter passado e que gera muita identificação. Uma composição linda e muito bem escrita por alguém que nunca decepciona ao falar sobre o amor.
Beck – Lost Cause (escolhido por Gabriel Bonani)
Beck é um cantor de rock, que possui uma voz fora do comum, perfeita para uma balada melancólica pro fim da noite. “Lost Cause” possui uma melodia até que friendly, sem abusar muito da linearidade mais sombria. A música é simples e suave justamente para atrair os outros da tribo do coração partido. Eu sinto que a canção é como um abraço, de dor para dor. A música é muito boa para os momentos em que você se encontra na pior, porque o cantor parece entender seus sentimentos e ideias mal resolvidas. É aquela velha história da integração “você não está sozinho nessa”, afinal todos nós nos encontramos numa batalha por uma causa perdida, no fim das contas, não é mesmo?
Whitaker - My Own (escolhido por Jhonatan Oliveira)
Whitaker é uma banda Australiana indie. Começando diretamente com com leves batidas e logo com o piano, a música é também calma e bastante triste (muito triste mesmo!), já que fala sobre um amor perdido e as lembranças deste. Conta com a voz tocante do Ryan Meeking que se desenvolve pelo desenrolar da música, como um clímax. Então, chega o desfecho de uma letra pura, que torna-se ainda mais triste (bem triste, como eu já afirmei anteriomente), terminando como um conto inacabado ou, simplesmente, um amor perdido.
Kodaline - All Comes Down (escolhido por Jhonatan Oliveira)
Kodaline é uma banda indie irlandesa. Altamente poéticos e melancólicos, em All Comes Down (assim como qualquer outra), é notável a capacidade lírica da banda. Iniciando à capela com a voz do Steve Garrigan até onde começa o piano. A canção também conta com as vozes de todos os integrantes formando um perfeito coral. Acompanhada de um bom som de piano, guitarra e bateria, a letra fala sobre o amor e paixão jovem.
Johnny Cash - Hurt (escolhido por Gabriel Bonani)
Johnny Cash foi um dos grandes ícones da história da música, sempre deixando a sua marca mais humana possível em seus trabalhos. Por exemplo, em “Hurt”, o cantor levou isso para outro nível. A faixa gira em torno do Johnny Cash lavando as mãos após seu longo histórico de vícios, que acabou levando o cantor a um buraco quase sem saída. Na minha opinião, de toda a história da música, essa é a canção que mais mostra a vulnerabilidade nua e crua.
Nenhuma composição consegue me emocionar tanto como essa, porque toda vez que eu ouço, não consigo evitar com que eu me desmanche. Ao dar play, você vai criando uma conexão praticamente espiritual com a dor de Johnny Cash. Realmente, é uma obra de arte que traz uma energia e uma pureza fora do comum. Alguns elementos importantes da essência do ser humano estão nessa música: brutalidade, dor e arrependimento.
Nenhuma composição consegue me emocionar tanto como essa, porque toda vez que eu ouço, não consigo evitar com que eu me desmanche. Ao dar play, você vai criando uma conexão praticamente espiritual com a dor de Johnny Cash. Realmente, é uma obra de arte que traz uma energia e uma pureza fora do comum. Alguns elementos importantes da essência do ser humano estão nessa música: brutalidade, dor e arrependimento.
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