Mais uma vez estamos aqui para
uma review dos lançamentos dessa última semana. Dessa vez tivemos alguns
veteranos e outros novatos na indústria, englobando gêneros do punk, do pop e
do indie. Vale a pena analisar cada um com cuidado, considerando suas
principais qualidades e deslizes. Então, vamos lá!
Bridgit Mendler -
Atlantis (por Jhonatan
Oliveira)
Após alguns anos
em um "hiatus", a espera terminou e Bridgit traz o seu talento de
volta após 3 anos. Diferente das suas músicas pop anteriores apresentadas em
seu único álbum - enquanto ela fazia parte do seriado da Disney - Atlantis
mostra a capacidade de transformação da cantora. Desta vez, a inovação está com
um electro pop, também contando com a participação do cantor estadunidense
Kaiydo. Na letra encontra-se um amor apresentado em um cenário da clássica
história da cidade submersa, que deu título à canção. No meu ponto de vista,
Bridgit ainda tem muito a mostrar de seu talento e, com o estilo atual, ela
parece mais madura musicalmente e à procura de seu estilo musical de encaixe.
Dua Lipa – Blow Your
Mind (Mwah) (por Gabriel Bonani)
Se você ainda não ligou seu alerta para Dua Lipa, ainda há tempo! Primeiramente, o que eu posso dizer é que a garota não é só mais um rosto bonito, afinal ela tem uma voz pra lá de sensacional. Enquanto o seu álbum de estreia ainda não chega, a cantora continua nos deixando com um gostinho do que está por vir no LP, dessa vez com a divertida e dançante “Blow Your Mind (Mwah)”.
Nessa faixa recém lançada, Dua
Lipa mantém a sua sonoridade electro pop de maneira tão diversificada. Ela consegue
transformar uma música moldada “à la cliché” em um masterpiece, fazendo com que
a gente a acredite ainda mais no seu futuro no mundo da música. A questão é que
eu sinto que a música, nas mãos de muitas outras cantoras, poderia ter ficado
um tanto quanto superficial, com dificuldade de diferenciação. Portanto, nos
vocais da cantora, “Blow Your Mind (Mwah)” ganhou um ar um tanto quanto
diferente. Por um lado, a faixa é bem sensual e animada, mas de uma maneira bem
mística e exótica. Eu diria que, mais do que qualquer outra vez, percebo a
grande diferença de Dua Lipa e de artistas como Charli XCX e Icona Pop: ela é o
GRANDE DESTAQUE, e não toda a produção EDM, que não engole a cantora em nenhum
momento. Com tudo isso dito, obviamente, estou bem ansioso pelo o que está por
vir para a cantora!
Florence and The Machine - Wish That You Were
Here (por Jhonatan Oliveira)
Para os que esperavam algo novo da banda, é hora de comemorar. Desta vez, Florence encaixou-se na trilha sonora do filme "O Lar das Crianças Peculiares", do grandioso Tim Burton, que estréia no próximo 26 de setembro. Adaptado de um famoso livro, com um ótimo diretor, claramente seria necessário grandes artistas na sua trilha sonora. Então, cheia de fantasia, entra a banda britânica com uma letra melancólica que trata sobre saudade num ritmo calmo na maravilhosa voz de Florence Welch, que nos faz arrepiar ao desenrolar da música, praticamente orquestral e angelical, utilizando a harpa - um clássico instrumento presente nos sons do grupo.
St. South - Got Me (por
Jhonatan Oliveira)
Trazendo seu talento num electro soul, a cantora independente não tem nada a esconder sobre seu talento forte. Instrumentos de sopro fazem parte de algumas de suas músicas, e não fugiu desta. "Got Me" é romântica e sensual, de uma forma diferenciada do estilo soul, bem original. Há muito a que se oferecer do bom trabalho do projeto da cantora. Com sua voz suave, relaxante, ela é capaz de seduzir a mente ao vício pela sua canção agradável. Juntando o ritmo eletrônico com o clássico ritmo soul music, ela cria seu próprio estilo e tira bons proveitos disso. Uma inovação musical para ser reconhecida.
Sum 41 – War (por
Gabriel Bonani)
A gente já tinha tido um gostinho
do novo álbum da banda com “Fake My Own Death”, que foi um ótimo começo para a
nova era. Porém, diferente de um estilo mais agitado, a banda optou por “War”
para ser o carro chefe do 13 Voices. Devo
dizer que sonoramente, a música está bem mais ao lado do pop, do que do punk,
mas, claro que não houve perda de identidade “Sum 41”. Foi muito mais como uma
returbinação de músicas como “Some Say” e “Pieces”, porém dessa vez com uma
mensagem bem mais forte e motivadora, razão pela qual me apaixonei pela música
independente de sua sonoridade.
“War” é sobre a batalha e
recuperação do vocalista Deryck Whibley pós grande recaída alcoólica. Pessoalmente,
me atrai muito o fato do cantor expor toda sua trajetória para inspirar outras
pessoas, trazendo honestidade e humanidade para o trabalho do Sum 41,
amadurecendo bruscamente a personalidade da banda. A música em si grita persistência,
coragem e força. O grupo se expressa como se estivessem lutando ferozmente em
uma guerra inacabável, deixando bem explícito o sentimento uma vez sentido por
Whibley. O resultado disso foi uma arte pura e sensata, tanto pelos versos
comoventes – como “Im ok, but I’m left to question / How did I get so far
behind the rest” – e um crescente ritmo totalmente fiel à mensagem da música,
afinal a música começa com um piano vulnerável até chegar rapidamente em um mix
mais destemido de bateria, guitarra e baixo, que só intensificam a música. Por fim,
só posso concluir compartilhando que não podia estar mais feliz com este
retorno do Sum 41. Mal posso esperar para o álbum, previsto para começo de
Outubro!
Chord Overstreet – Homeland (por Gabriel Bonani)
Assim como eu, você deve ter uma vaga lembrança de Chord Overstreet no papel de Sam Evans na série Glee, mas a carreira do cantor aparentemente não parou por lá! Com um joint deal da Island Records com a Safehouse Records – gravadora de Nick Jonas e Demi Lovato –, o cantor lançou o seu single de estreia nessa semana. “Homeland” me impressionou muito na primeira vez que eu ouvi, porque eu não imaginei que, primeiro de tudo, o cantor tinha tanto o que entregar tanto liricamente, quanto vocalmente, e além disso tudo, me encanta quando os artistas lembram-se de suas origens, mostrando a faceta mais humana que muitos desdenham, e foi isso que aconteceu com “Homeland”, escrita com base na cidade em que Chord cresceu, Nashville.
Ainda é muito cedo para afirmar que o cantor vai seguir a linha country, como a própria “Homeland” sugere com seu ritmo acústico guiado com um violão, sem superprodução. Admito que a música me deixou em alerta pelo o que está por vir, despertando minha curiosidade sobre as outras músicas. Me preocupa um pouco se ele decidir insistir e continuar burocraticamente somente nesse estilo acústico, porque apesar de maravilhoso, um estilo embasado só nisso é para poucos. Todavia, deposito aqui minha esperança no Chord, esperando músicas de qualidade como essa e indo mais além, uma experimentação com um rock de raiz, misturando blues, folk, rock e até um pouco de country – assim como Gavin DeGraw, Jason Mraz e a banda norte americana Train –, porque é aí que o cantor parece se dar melhor, ganhando até mais liberdade de explorar ritmos diferentes.
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