Com seu violino, batidas
eletrizantes e muita dança, Lindsey Stirling apresentou ao público paulista a
sua maravilhosa “Brave Enough Tour”, organizado pela T4F no Citibank Hall. Foi
nessa noite que a violinista provou que o seu instrumento encantador pode ir
muito além do que as pessoas imaginam.
Já não é a primeira vez que a
cantora veio ao Brasil. Lindsey Stirling já havia se apresentado no nosso país
em 2015, para promover seu segundo disco. Agora, a violinista veio para
promover o seu terceiro álbum, Brave
Enough. Diferente do que qualquer pessoa espera de um show onde o violino é
o instrumento em primeiro plano, Lindsey entregou uma performance surreal,
mantendo a plateia com os olhos fixados nela do começo ao fim.
Tudo teve seu início com um clima
de tensão criado pela primeira da noite, “Beyond The Veil”, e desde aí, Lindsey
Stirling não falhou em proporcionar à plateia um dos melhores espetáculos de
suas vidas. O show contou com uma produção de tirar o chapéu, expandindo a
música para uma apresentação que mexesse com diversos dos nossos sentidos. Além
do violino extremamente radiante de Lindsey, a noite ficou ainda mais especial
com os interludes do telão, o jogo de luzes no palco, as tão talentosas
dançarinas e a banda de apoio, que criou uma conexão a mais com o público, que
ficou enlaçado pelo afeto musical oferecido. Isso tudo só coloca Lindsey lado a
lado com as grandes figuras do pop. Muito além de uma maravilhosa violinista,
ela é uma performer impressionante que trouxe todos os elementos essenciais para
que ela pudesse construir uma narrativa com diversas emoções através da música.
E, de fato, o show viajou por diversos
campos da sensação, incluindo a explosão impactante de “Shatter Me” e a esfera
mais genuína e tocante do cover de “Hallelujah”. E foi assim, pouco a pouco,
que Lindsey construiu uma crescente emocionante, com um primeiro set animado,
seguido por um segundo mais intimista e um terceiro mais agitado ainda que o de
abertura. No entanto, nada se compara com o doloroso discurso de Lindsey sobre
a morte de seu melhor amigo e de seu pai, que nos levou à positiva, porém muito
emocionante, “Those Days”, responsável por deixar todos ainda mais impactados
ao passar no telão alguns arquivos em vídeo da violinista com seu falecido
amigo Gavi, que fazia parte da banda como tecladista. Foi uma catarse de
sentimentos bem difícil de conter. Porém tudo se concretizou com um final do
show bem dançante, em que Lindsey, com todo o seu carisma, convidou o público a
se levantar e dançar junto às faixas finais.
O show acabou e tudo que posso
afirmar é que Lindsey Stirling definitivamente me cativou. Não sei se foi pelo seu
talento surreal com o violino, pelos seus movimentos delicados ou pela sua
simpatia tão doce. Talvez tenha sido a mistura de tudo isso. Só sei que saí de
lá afirmando que toda aquela energia colocada em seus shows definitivamente
provam que ela é movida a música. Sem dúvida alguma, Lindsey Stirling colocou
um fim em quem a subestimava na sua proposta de misturar o violino com dança e
EDM, afinal o showbusiness não só tem espaço pra ela, como também precisa de
alguém assim. Lindsey ainda tem uma bela jornada pela frente, e espero que isso
englobe mais shows no Brasil, porque já estou querendo de novo!
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