Quem nunca bateu cabeça com "Enter Sandman", ou se afundou na bad com "Don't Cry", ou até mesmo sentiu vontade de quebrar tudo ao som de "Smells Like Teen Spirit"? Relembre esses e outros hits com a nossa lista de dez álbuns sensacionais de 1991, o ano do rock!
Existem momentos marcantes na música, mas raríssimos são os casos onde tudo se encontra no mesmo lugar e ao mesmo tempo. 1991 foi um ano glorioso para a música em geral mas, por conta principalmente do movimento grunge, as coisas acabaram sendo muito mais definitivas. Os dez álbuns que selecionamos abaixo são apenas a ponta do iceberg, mas já dá para ter uma ideia do quão surreal foi viver naquela época.
Red Hot Chili Peppers - Blood Sugar Sex Magik
Depois de sentirem o gostinho do
sucesso com Mother’s Milk em 1989, o
quarteto mais entrosado que a gente respeita se juntou ao produtor Rick Rubin
para cravar de vez o seu nome entre as maiores bandas de rock do mundo. O
resultado foi um dos melhores e mais criativos álbuns do gênero. Com uma
produção impecável, o disco ainda é um marco na história da música e o melhor
trabalho da banda. Destaques: “The Power
of Equality” e “Give it Away”.
Onze faixas que combinavam riffs envolventes,
letras geniais e vocais viscerais foram a fórmula perfeita para criar o álbum
que, na minha opinião, mais capturou a atmosfera de Seattle naquela época. O
primeiro disco de estúdio da banda ainda é, mesmo depois de tantos anos, o
melhor trabalho deles, o álbum traz uma mistura infalível de faixas agressivas
e suaves que não vão levar mais do que uma ouvida para lhe conquistar. Destaques: “Deep” e “Even Flow”.
Soundgarden - Badmotorfinger
O terceiro álbum da banda de
Chris Cornell trouxe uma complexidade lírica e instrumental poucas vezes vista,
com tempos bizarros e letras extremamente abertas as mais diversas
interpretações. Badmotorfinger foi o
primeiro trabalho deles com o baixista Bem Shepherd, que se mostrou um baixista
de primeira e ainda contribuiu consideravelmente nas composições. Pessoalmente,
acho que esse é o melhor lançamento da banda, acima inclusive do aclamado Superunknown. Destaques: “Rusty Cage” e “Outshined”.
Provavelmente o disco mais famoso
dessa lista, Nevermind foi o
responsável por transformar o Nirvana em uma das maiores bandas da história do
rock, além de ter sido um dos principais ícones do movimento Grunge e ter levado
o estilo para além das fronteiras de Seattle. O primeiro álbum deles com Dave
Grohl nas baquetas apostou em um som mais limpo e comercial que o anterior,
algo que ao mesmo tempo que desagradou o frontman Kurt Cobain, também levou a
banda ao mainstream. Destaques:
“Smells Like Teen Spirit” e “Come As You Are”.
Antes de ser conhecido como
membro do Queens of the Stone Age, Mark Lanegan já havia mostrado seu potencial
quando liderava a banda Screaming Trees, com a qual ele lançou sete álbuns e
chegou a atingir considerável sucesso. Produzido por Terry Date e Chris
Cornell, Uncle Anesthesia foi o
primeiro álbum a atrair certa atenção para a banda e a apostar em uma
sonoridade mais polida. Destaques:
“Bed of Roses” e “Alice Said”.
O famigerado Black Album foi o lançamento de maior impacto na carreira do
Metallica, tanto por ser fortemente rejeitado pelos fãs mais antigos quanto por
ser o disco que levou a banda ao mainstream. Deixando de lado o Thrash Metal e
apostando em faixas mais leves que os lançamentos anteriores, o Metallica
trouxe uma das melhores misturas de balada e peso que já se ouviu na história
do rock. Destaques: “The God That
Failed” e “Enter Sandman”.
Àquela altura do campeonato o
R.E.M. já não precisava mais provar que era uma banda competente e capaz de fazer
discos incríveis, mas mesmo assim os caras lançaram o grande divisor da
carreira deles, Out of Time. O disco
tomou conta das rádios com hits que iam numa direção completamente oposta aos
trabalhos anteriores deles, o que fez muita gente torcer o nariz e ao mesmo
tempo trouxe uma legião de fãs para a banda. Destaques: “Radio Song” e “Losing My Religion”.
O projeto idealizado por Chris
Cornell, Jeff Ament e Stone Gossard foi feito como uma homenagem ao então recém
falecido Andrew Wood, vocalista da banda Mother Love Bone, da qual também
faziam parte Stone e Jeff. Os três uniram forças com mais alguns amigos e deram
vida ao único e autointitulado disco do grupo. Dos seis participantes, quatro
gravariam no mesmo estúdio o anteriormente citado Ten, lançado meses depois. Destaques:
“Say Hello 2 Heaven” e “Hunger Strike”.
Mesmo sem jamais terem atingido o
mainstream, a banda da qual faziam parte Josh Homme e Nick Oliveri (hoje
conhecidos pelo Queens of the Stone Age) foi a principal precursora do Stoner
Rock, subgênero amplamente explorado por bandas como Priestess, Wolfmother e
pelo próprio QOTSA. O Kyuss se consagrou na cena underground da época com o
disco Wretch, que trazia uma
sonoridade pesada, mostrando o enorme potencial de Josh na guitarra e toda a
agressividade de Nick no baixo. Destaques:
“The Law” e “Love Has Passed Me By”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário