Os melhores momentos do show do Green Day em São Paulo


Na última sexta feira (03/11), os fãs paulistas tiveram o prazer imenso de presenciar toda a energia do Green Day em um dos melhores shows da Revolution Radio Tour. 
Foram muitos momentos de surpresas e fortes emoções para quem estava na Arena Anhembi naquela noite. Com um público completamente fidelizado, vestindo camisetas da banda e todo tipo de produto, Green Day fez um show memorável que levou os fãs à loucura com tanta animação. O próprio Billie Joe afirmou “ainda estamos vivos”, em português, diante de cerca 25 mil pessoas, e realmente isso se confirma com toda a energia passada naqueles show, que envolveu muito bom humor, música de qualidade e pirotecnia que Tré Cool, Mike Dirnt e Billie Joe trouxeram para o palco. É realmente difícil processar o tanto de coisas surpreendentes que aconteceu naquela noite, mas vale à pena relembrar os principais momentos que irão ficar na nossa memória por um bom tempo, então vem com a gente:

1. The Interrupters comandando o show de abertura

Muita gente já conhecia o The Interrupters, banda de ska punk lançada pela gravadora de Tim Armstrong. O quarteto, liderado pelos irmãos Bivona e pela vocalista Aimee Allen, apresentou uma química de outro mundo que, junto às dancinhas e o visual conceitual no ponto, trouxe uma animação e uma personalidade bem diferente para esse gênero. Foi um show cheio de energia que definitivamente animou o pessoal para o show do Green Day, levando todo mundo a se mexer bastante. 


2. Segundos antes do show começar

Muitos já devem saber que quando as luzes do palco se apagam e começa a tocar “Bohemian Rhapsody”, tudo está prestes a começar. O Green Day sempre coloca uma seleção de músicas clássicas antes de seus shows, e isso é maravilhoso. O coro ao vivo cantando a música do Queen chega a arrepiar e é completamente caloroso. Foi já aí que foi transmitido um valor que prosperou durante o resto do show: a união e celebração pela música. Em seguida, tivemos o famoso drunk rabbit, um cara fantasiado de coelho rosa, tão típico do show da banda. Ele já levou o pessoal à loucura ao som de “Blitzkrieg Bop”, fazendo todo mundo gritar loucamente, principalmente quando o mesmo começou a jogar mini coelhos de pelúcia para a galera. E, quando ele saiu de cena, já entrava a épica “Also Sprach Zarathustra”, que marcou a entrada do grupo de um jeito bem triunfal, resultando depois em um clima eufórico e ardente na primeira da noite, “Know Your Enemy”. 


3. Fãs no palco levou a interação para outro nível

Já virou uma cultura do show do Green Day levar fãs para o palco durante determinadas músicas. Para cantar, Billie Joe chamou um fã para um verso de “Know Your Enemy” e outro para um verso e o refrão final do hit “Longview”. Agora rolou até oportunidade para quem sabia tocar guitarra. O vocalista chamou um fã para tocar durante “Knowledge”, e o sortudo ainda pôde levar a guitarra pra casa. É uma interação que você dificilmente vê em algum show, principalmente da cena punk rock, em que todos os artistas estão muito centrados em seus instrumentos somente. Green Day, por sua vez, segue uma linha diferente, proporcionando um outro nível de interação e conexão, que envolveu muitos sorrisos de felicidade e alucinação tanto dos fãs ao subirem no palco, quanto dos integrantes ao verem a alegria deles. Foi uma grande celebração! 


4. Setlist impecável enaltecendo todos as clássicas da carreira

O setlist realmente foi surreal e incrivelmente especial nesse show. Os caras fizeram um som muito maneiro, tocando todos os clássicos de sua carreira, sem perder a energia e empolgação em momento algum. Tivemos algumas do último disco, como “Bang Bang”, “Revolution Radio”, “Youngblood”, “Forever Now” e “Still Breathing”, mas o que levou o pessoal à loucura mesmo foi quando eles tocaram os grandes hits das antigas, incluindo “When I Come Around”, “Basket Case”, “Welcome To Paradise”, “Jesus Of Suburbia”, “American Idiot”, entre outros. E, como sempre dizem que o recheio é a melhor parte, esse ditado foi traduzido literalmente e incorporado no show em São Paulo, quando o Green Day decidiu tocar algumas que eles não tocam em todo show sempre, que foi uma baita novidade em comparação com o show do Rio. Estou falando de “Armatage Shanks”, “J.A.R” – apresentada depois de um fã da plateia pedir –, “Scattered” – uma das minhas favoritas – e “Nice Guys Finish” – um dos melhores momentos do show. O público paulista foi de fato muito privilegiado com essa ordem e seleção de músicas e genuinamente não vi ninguém saindo insatisfeito de lá.



5. A pirotecnia

Mais um elemento que diferencia o show do Green Day dos outros: a produção. Os cenários mudavam a todo momento, junto ao jogo de luzes que caía muito bem de acordo com a música e até fogos de artifício que deixaram o show ainda mais bonito e empolgante. Tudo isso ajudou o Green Day a ficar ainda maior no palco, algo merecido para uma banda lendária como essa.


6. A emocionante “Boulevard of Broken Dreams”

“Boulevard of Broken Dreams” foi, de longe, um dos momentos mais emocionantes de todo o show. A versão apresentada na turnê conta com arranjos acústicos e não demorou muito para a música ser tomada pela voz dos fãs, que cantavam bem alto em conjunto a música que marcou a vida de tantos. E os integrantes não deixaram de expressar a felicidade imensa que sentiam, isso em todo show, mas principalmente neste momento em que ninguém poupou a voz. Foi realmente de arrepiar, e ainda o Billie aproveitou para iluminar a arena com as luzes dos celulares, o que tornou tudo ainda mais bonito. 


7. Os integrantes e suas gracinhas

Todos eles, sem exceção, são movidos pelo bom humor e as famosas gracinhas. Foram tantas caras e bocas, dancinhas engraçadas, olhares arregalados, movimentos desengonçados que quem assistia ria junto com os caras, que não perdiam a energia nunca. A comédia ficou ainda mais intensa na performance de “King For a Day”, seguida de um medley fenomenal. A música contou com todos integrantes fantasiados, com destaque para Jason Freese de faraó, Billie de policial e Tré com um tutu rosa e coroa carnavalesca. Além de uma versão no sax maravilhosa de “Garota de Ipanema”, o medley contou com muitas músicas, com humores diferentes, o que abriu espaço pros caras simplesmente fazerem o que bem queriam, o que levou até Billie pra bateria e Tré nos vocais cantando “Shout” enquanto dançava com seu tutu de forma bizarra. Realmente, vamos sentir falta desses palhaços! 



8. O encerramento inesquecível

Toda a diversão, agitação e nostalgia das músicas anteriores se concretizaram em um final intimista com uma versão acústica de Billie Joe com “21 Guns” e “Good Riddance”, um final pouco provável para uma banda tão agitada como o Green Day, o que foi bem interessante. Foi um encerramento com um gostinho de despedida e o coração já até apertava, porque aquele momento genuíno estava prestes a acabar. Não demorou muito Mike e Tré voltaram ao palco para a despedida, com confetes e tudo. Será um momento muito difícil de esquecer! Como a última música mesmo disse, nós tivemos o momento de nossas vidas lá naquele show.  


Foto: Marcelo Brandt/G1

Nenhum comentário:

Postar um comentário