O novo filme original da Netflix,
The Bright, traz uma trilha sonora
inesquecível com grandes nomes da música, incluindo Bastille, Marshmello, Snoop
Dogg, X Ambassadors, Camila Cabello, entre outros. É uma diversidade musical de
outro mundo!
O filme se passa em um mundo futurista, onde seres humanos e fantásticos vivem em harmonia, incluindo fadas e ogros. Porém, muitas infrações andam acontecendo, levando com que um policial humano (Will Smith) e um orc (Joel Edgerton) embarquem juntos em uma aventura cheia de adrenalina para evitar que o poder caia em mãos erradas. Toda essa agitação e mistura de emoções se resumem também na maravilhosa soundtrack do filme, comandada pelo mesmo time responsável pela trilha sonora de Suicide Squad.
Com Logic e Rag’n’Bone Man, “Broken People” inicia o álbum de forma estrondosa e empoderada,
construindo uma textura rústica que remete à urbanidade do filme em si e sua
temática. A indignação com a trama apresentada no filme são apresentados também
em “World Gone Mad”, onde Bastille
constrói uma maravilhosa narrativa, que se embala no tom angelical e sensível
de Dan Smith, nos entregando mais uma prova viva de que essa banda transmite emoção
de um jeito completamente único e mágico. A presença de Bastille na trilha
sonora foi primordial, se encaixando com o clima de fantasia e caos do filme,
que na música é produzido por meio das batidas delicadas e o violino
contagiante que crescem juntos de forma encantadora.
Em seguida, “Home” uniu
Machine Gun Kelly, X Ambassadors e Bebe Rexha em uma parceria improvável, porém
extremamente enérgica. É incrível como uma só música consegue unir diferentes
polos, que vão desde camadas congelantes até batidas e entradas extremamente
ardentes. Logo após todo o clima ter sido incendiado por completo, Camila
Cabello e Grey entram na tracklist com muita tensão na experimental “Crown”. Apesar da música soar quase em
todo momento muito estranhamente, sem uma linearidade coesa, ela pelo menos
trouxe um breakdown bem interessante. A Camila merecia uma participação
melhorzinha, convenhamos né? A tensão obscura construída de jeito esfumaçado e
misterioso por Kiiara, Future e Ty Dolla $ign em “Darkside” é muito melhor, por exemplo. A produção dessa música
está de parabéns.
A preciosidade do álbum, portanto, está no encontro dos
diferentes gêneros em uma só compilação, às vezes até na mesma música, como
acontece em “Danger”, “Smoke My Dope”, “FTW” e “Campfire”. Nas
duas primeiras, Migos e Marshmello se encontram, assim como Lil Uzi Vert e
Steve Aoki, levando o rap e hip hop para um campo EDM bem inusitado. Não é
sempre que essa fusão é bem explorada, afinal, artistas como eles usam e abusam
de batidas trap em suas músicas, mas o experimentalismo às vezes é uma solução
ótima para uma faixa conquistar o público. As duas últimas também ousam um
pouco mais com a união das esferas que geralmente nunca batem de frente: o rock
e o rap. Tom Morello, guitarrista do Rage Against The Machine, traz uma adrenalina
completamente diferente ao rap de A$AP Rocky, entregando um dos
experimentalismos mais interessantes do álbum em “FTW”. Mais uma parceria surpreendente também acontece em “Campfire”, onde a lenda do rock Neil
Young se une ao rapper DRAM.
Apesar de ser sempre apresentado de forma heterogênea, o rap
ganhou vida por completo em uma mega colaboração em “That’s My N****”. A música cai como uma luva diante da proposta
policial do filme. Realmente uma faixa de rap bem raiz. E outros campos são explorados
bem no álbum, como a linha mais alternativa e esfumaçada de Portugal. The Man e
Alt-J, que se contrasta com o country iluminado liderado por Sam Hunt em “This
Is Your Land”, uma faixa que encerra o disco de um jeito incrivelmente bonito e
inspirador.
Sem dúvidas, a pluralidade musical dessa trilha sonora é algo
para se aplaudir de pé. Se o filme for tão bom quanto as músicas que o
acompanham, teremos um grande sucesso! Bright
tem sua estreia mundial na Netflix no dia 22 de Dezembro. Não perca!
Nenhum comentário:
Postar um comentário