Dez composições incríveis da carreira Alex Turner


Alex Turner, o rockstar mais estiloso dos últimos tempos e de longe um dos mais talentosos, completa mais um ano de vida hoje e para comemorar, preparamos uma lista com dez das faixas mais incríveis do artista, conhecido mundialmente como líder da banda Arctic Monkeys.

Alex é um dos compositores mais geniais que o mundo teve o prazer de conhecer, além de ser um cantor excelente e um guitarrista de primeira, fatos que são comprovadíssimos em seu trabalho no Arctic Monkeys e no projeto paralelo The Last Shadow Puppets, no qual ele forma dupla com seu amigo e colaborador de longa data Miles Kane.

As composições de Alex são quase sempre repletas de metáforas e versos que oferecem uma enorme gama de interpretações, geralmente deixando o desfecho em aberto, além, é claro, de muitas vezes possuírem um teor autobiográfico, falando de forma bastante ambígua sobre relacionamentos amorosos do cantor e outros acontecimentos de sua vida.

When the Sun Goes Down
Uma das obras mais cruas e geniais de Alex foi o segundo single de sua carreira, “When the Sun Goes Down”, uma canção que relata o ponto de vista do narrador em relação a uma prostituta e um homem nada confiável, descrito como “cliente”. A genialidade da letra rendeu um curta-metragem intitulado Scummy Man, que dá nome aos personagens e conta mais a fundo a história fictícia da canção.


505
O lado sombrio de Alex aflora fortemente em “505”, uma das faixas mais enigmáticas de sua carreira e que dá origem a milhões de teorias dos fãs, mesmo após mais de uma década desde seu lançamento. A letra não deixa claro se tem ligação com a realidade, mas em alguns momentos, dado o clima sombrio da canção, os versos metafóricos de Alex e os vocais quase sussurrados do cantor, passam seriedade até demais para uma faixa do Arctic Monkeys.


Do I Wanna Know?
Dando uma verdadeira aula de como encaixar uma poesia numa faixa de sucesso, Alex compôs “Do I Wanna Know?”, que de longe é uma de suas canções mais conhecidas e não por acaso uma das mais brilhantes. Indo ao lado mais clichê-romântico-proposital da coisa, Alex não poupou esforços para criar a declaração de amor mais brega e perfeita, fazendo os versos da canção ecoarem na cabeça de casais do mundo todo.


The Jeweller's Hands
Tão indireto quanto se é possível ser, em “The Jeweller’s Hands” Alex retrata o fim de um relacionamento em decorrência de uma traição, usando de uma figura de linguagem dispersa e complexa, colocando respostas invisíveis bem diante do ouvinte. A faixa conta com uma performance absolutamente incrível de Alex nos teclados, além de ter sido a primeira música da banda em que não há guitarras tocadas por ele.


Love is a Laserquest
É sabido que Alexa Chung, ex-namorada de Alex, é musa inspiradora de muitas de suas canções, mas a mais bela de todas é provavelmente “Love is a Laserquest”. Escrita no ano em que o relacionamento dos dois chegou ao fim, de forma incomum para os padrões do compositor, a faixa fala quase que diretamente com sua ex-companheira. A atmosfera melancólica e a letra com clima de despedida se juntam de forma brilhante e dão vida a uma das composições mais bonitas de Alex.


Fireside
Surpreendendo a todos por estar no meio de um disco predominantemente animado, “Fireside” logo se mostrou ser mais uma das obras primas melancólicas de Alex, seguindo a mesma linha de “505”, mas com uma letra muito menos ambígua e uma atmosfera muito mais envolvente e de certa forma mais comercial também. Por conta do vasto uso do reverb na versão de estúdio, a faixa não soa tão bem ao vivo, mas conquista na primeira ouvida ao álbum.


The Afternoon's Hat
O single de “My Propeller” traz uma pérola escondida chamada “The Afternoon’s Hat”, que não tem o reconhecimento merecido, mas tem uma composição que volta à crueza dos primeiros anos de banda, sem, entretanto, perder a maturidade do assunto então tratado por Alex, que parece falar sobre aquelas situações onde um homem enche a cara num strip club e jura que as mulheres que trabalham no lugar estão de fato interessadas no que ele tem a dizer.


Dance Little Liar
A faixa que surpreendeu Josh Homme e o levou a trabalhar com o Arctic Monkeys foi a sombria e desértica “Dance Little Liar”, uma canção que narra o desenrolar de um relacionamento amoroso onde uma das partes é desonesta, sendo o ponto central a previsão de que as histórias do mentiroso eventualmente entrarão em contradição e ele será descoberto, sendo isso tudo contado da maneira mais criativa possível. No mais, a faixa ainda conta com um solo de guitarra extremamente furioso feito por Alex.


Knee Socks
A poesia e a ironia se encontram perfeitamente na levada dançante de “Knee Socks”, que te leva direto para uma tarde nublada em que tudo soa estranho, mas você não dá a mínima e apenas deixa rolar, pois não tem nada a perder. Abusando do falsete e dos slides na guitarra, Alex compôs uma das faixas mais mornas e ao mesmo tempo mais memoráveis de sua carreira, que não por acaso virou uma das favoritas dos fãs.


Do Me a Favour
Por último, mas nem de longe menos importante, “Do Me a Favour”, um clássico instantâneo da melancolia inglesa. Não existe na década de 2000 uma canção que tenha capturado melhor a dor e a angústia do fim conturbado de um relacionamento, daqueles onde ambas as partes não querem terminar, mas ainda é o melhor a fazer. Os acordes sutis da guitarra de Alex e seu vocal extremamente preciso, deram forma para uma das baladas mais emocionantes dos últimos tempos, ponto para ele.


Confira nossa playlist com todas as dez maravilhas aqui citadas e celebre mais um ano de vida de Alex Turner com o volume preferencialmente bem alto.

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