A ESPERA ACABOU! O disco de estreia
de Camila Cabello está finalmente entre nós e a cantora veio determinada para
ficar. O álbum encantou fãs mundo afora e já está está quebrando recordes
importantes para o mundo da música, como o título de disco de estreia com mais
#1s no iTunes ao redor do mundo e de maior sucesso da história do Spotify
Global. Não é brincadeira né? Mas como é que a cantora conseguiu trazer tanta
hype para seu debute? E por que um disco de estreia conseguiu uma recepção tão positiva?
Venha viajar com a gente nessa review para entender tudo e enaltecer o trabalho
da nossa fada cubana!
Nos anos de Fifth Harmony,
querendo ou não, Camila já carregava todo um favoritismo entre os fãs do grupo.
E sempre foi um desejo coletivo muito forte poder ver a cantora se expressando
com mais naturalidade, seja pelas suas composições ou simplesmente pela sua
liberdade artística em geral. Algumas danças e letras ficavam muito forçadas
para ela e era perceptível que a natureza da cantora estava divergindo com o
caminho do Fifth Harmony cada vez mais. Ela queria poder se libertar e cantar
sobre suas próprias experiências e formar seus próprios arranjos. E, quando a
cantora conseguia mostrar um pouquinho desse seu lado “secreto”, ela brilhava
muito mais, como foi com “I Know What
You Did Last Summer” e “Bad Things”.
Quando a cantora anunciou sua saída do grupo, muitos se chocaram, porém foi
melhor assim para os dois lados.
Camila veio desde então
experimentando sons e explorando suas habilidades desde então para conseguir um
lançamento de carreira coeso e redondo. Desde os seus últimos meses com o Fifth
Harmony até a estreia de seu primeiro single solo, a cantora vem trabalhando
duro nos bastidores. Seja em quartos de hotéis ou em camarins de seus shows,
Camila não parava. Ela estava lá sempre com seu bloquinho e violão compondo e
às vezes vinha nas redes sociais compartilhar a ansiedade para finalmente
mostrar o material conosco. Nenhum grande sucesso vem sem grandes esforços
prévios e disso a cantora sempre soube e, por isso, correu atrás.
Com “Crying In The Club”, seu single de estreia, Camila conseguiu já
chamar um pouco de atenção para seu trabalho autoral. Apesar da música ser
muito bem produzida e possuir grandes compositores como Sia, acabou faltando um
dos principais elementos: sua originalidade. A música era muito boa, sim, porém
era mais do mesmo e não apresentava nem um pouco de sua aura como artista. Era
uma faixa que poderia ser de quase qualquer cantora pop da atualidade. Cadê
aquela espontaneidade e a fluidez simples de Camila Cabello que todos estavam
esperando? Bom, a música não vingou e foi aí que, mesmo com álbum todo
planejado, a cantora identificou a necessidade de começar algo completamente
novo e corrigir rota, por mais que fosse dar trabalho e aumentar ainda mais a
espera. E, vemos com esse disco lançado que foi uma das melhores coisas que ela
poderia ter feito!
O carro chefe “Havana” foi o resultado que deu certo
depois de diversas experimentações. A música fez um sucesso global e se tornou
um dos maiores hits de 2017. Camila Cabello conseguiu unir melodias que ficam
na cabeça com um som completamente sofisticado e enraizado nas suas origens
latinas. Desde a letra até a construção sonora, Camila faz jus à sua essência
cubana. Foi sua história e sua verdade que cativaram muita gente ao redor do
globo, aumentando a expectativa para o álbum completo, que agora, com a cantora
no centro dos holofotes, estava sendo mais aguardado do que nunca.
E não deu outra: o debute Camila foi desenhado exatamente como
esperávamos. Trata-se de um álbum completamente refrescante, simples e
autêntico. Viajando por um ritmo tropical em alguns momentos e por uma pegada
pop simplista bem suave, Camila Cabello constrói seu tão aguardado reinado com
letras pessoais, principalmente amorosas, e arranjos que fluem de forma sublime.
O álbum já começa com “Never Be The Same”, uma mid-tempo doce
e deslumbrante, feita para ser um hit, que embala melodias delicadas e abre a
temática romântica que persiste durante todo o disco. Aqui Camila compara seu
interesse amoroso com nicotina e morfina, fazendo uma analogia ao seu aspecto
viciante e contagiante. E, de fato, o amor é algo que tormenta Camila a cada
nova faixa quando ela começa a compartilhar seus pensamentos, sentimentos e
experiências pessoais. A composição dolorosa e o ritmo acústico de “All These Years” comprova isso,
enquanto Camila conta a história que todo aquele sentimento volta quando vê seu
interesse amoroso, mesmo depois de todos esses anos. Aqui podemos sentir um
pouco mais da essência de Camila. Um simples violão e vocais mais puros em sua
edição fazem da música uma obra deliciosa de se ouvir.
A origem latina de Camila também
ganhou forças neste debute. “She Loves
Control” traz uma batida extremamente dançante e cheia de atitude. Enquanto
o baixo pulsa de forma extraordinária e o violão flamenco faz da faixa um
grande hit em potencial. “Havana”,
como já sabemos, também segue essa linha ao enraizar as origens de cantora em
uma só música, de um jeito divertido cheio de personalidade. O reggaeton também
marcou presença em “Inside Out”, com
um ritmo tropical e praiano feito para curtir um bom dia do sol. A música em si
possui um refrão muito repetitivo, que lembra demais as músicas do Fifth
Harmony, porém Camila conseguiu trazer um pouquinho de sua suavidade para a
música.
A dimensão em que Camila mais
brilha no disco, no entanto, é a mais intimista apresentada na tríade “Consequences”, “Real Friends” e “Something’s
Gotta Give”. A vulnerabilidade de Camila é exposta em “Consequences” como nunca havíamos antes. Trata-se de uma balada
extremamente pessoal guiada por um piano bem delicado, que acompanha
perfeitamente os vocais graciosos de Camila. A música consegue nos impactar de
um jeito muito forte, pois a cantora passa muita verdade pela forma natural que
canta uma música tão dolorosa, fazendo com que a gente sinta muito do começo ao
fim. Essa é definitivamente a melhor letra do álbum. Seguimos depois com “Real Friends”, onde a honestidade e
simplicidade flui agora de um jeito amargo, enquanto a cantora revela solidão
na dificuldade de encontrar amizades fiéis. E o clima intimista continua na
lúdica “Something’s Gotta Give”, um
número obscuro e intenso guiado por um piano fúnebre. Aliás, convenhamos que
Camila Cabello e piano são um casal que deu MUITO certo. Essa faixa foi uma das
maiores revelações do disco, por ser um estilo nunca explorado por ela antes e
que combina muito com seus vocais. De fato, é um álbum onde as baladas se
destacam das mais agitadas, porque no fundo, Camila Cabello é, sim, uma artista
movida à emoção e mais instrospectiva.
As divertidas “In The Dark” e “Into It” encerram o disco com uma pegada mais pop. A primeira traz
um instrumental bem poderoso, embalado por uma pegada Chainsmokers, que vai e
vem de um jeito bem envolvente. A última, “Into
It” leva o álbum ao fim com um clima festivo, que lembra muito Lorde e Tove
Lo em alguns momentos. Os sintetizadores abrem uma atmosfera empolgante e
animada, que abrem os olhos de quem ainda não acreditava que Camila Cabello
pode ser a nossa mais nova princesinha do pop.
E no geral, chegando ao fim, percebemos
o porquê de todo esse sucesso que rodeia Camila Cabello. A cantora se esforçou
muito para nos entregar um material completamente autêntico do começo ao fim
que realmente tivesse sua cara. Muitas das músicas são construídas de forma
simples, porém a presença da cantora é o que realmente nos envolve em cada
faixa. Sua energia é cativante e ela conseguiu deixar isso fluir de um jeito
que pudéssemos sentir seus pensamentos e sentimentos através da música. É isso
que faz de um artista genial. Apesar de seu caminho mais simplista, em nenhum
momento as músicas soam vazias, pois elas são carregadas de verdade. Quem acompanha
Camila desde o início sabe disso. Sua presença é muito forte e finalmente ela conseguiu
deixar isso crescer em um material que já está impactando o mundo. Ouvindo esse
disco, é possível notar progresso, potencial e muita verdade acima de tudo!
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