Você já conhece o Waterparks? O
trio de pop punk está cada vez mais dominando a cena e nos impactando com seu
estilo divertido e descontraído. E o seu mais novo álbum, o segundo da
carreira, é a grande prova disso!
A banda, originada de Houston, TX,
existe desde 2011, mas foi só no final de 2015 que Waterparks teve seu grande
boom, sendo contratada pela Equal Vision Records e ganhando ainda os irmãos
Madden, do Good Charlotte, como os empresários do trio. Sim, são eles quem
gerenciam toda a carreira do grupo. Que time, né? Desde então, eles já
conquistaram sua própria base de fãs, participando da Warped Tour e abrindo
shows para grandes nomes, como Sleeping With Sirens e All Time Low.
O trio pop punk pode entrar naquela lista de bandas que prometem
reviver o movimento emo de 2006, com um toque de modernidade. Todos os membros
possuem personalidades bem marcantes, do nível stan-worthy e, juntos, produzem um som muito único. Awsten Knight,
nos vocais e guitarra rítmica, Otto Wood, na bateria, e Geoff Wigington, na
guitarra principal, se juntam para melodias descoladas e extremamente
contagiantes, que combinam perfeitamente com as letras bem boladas de Awsten. O
resultado disso é uma forte explosão pop punk de outro mundo. E isso já nos foi
mostrado nos EPs da banda e no grandioso álbum debute da banda, o Double Dare, que nos rendeu materiais
brilhantes e icônicos, como as extraordinárias “Stupid For You” e “Royal”.
Essa energia expressiva da banda se repete novamente no
colorido e dançante segundo disco, Entertainment,
que foi produzido por Benji Madden. Recém-lançado, o álbum traz uma atmosfera
interessante e única, com melodias extremamente vibrantes. Basicamente, a banda
abraçou o pop punk, como nunca antes, firmando sua presença na cena de um jeito
extremamente marcante. Simplesmente não tem nenhum filler aqui, e todas as faixas tem seu destaque e seu próprio
brilho.
O disco já começa com o pisão de “11:11”, que abre o álbum de forma bem agitada e enérgica, sendo
aquele tipo de pop punk chiclete que a gente tanto ama, com um refrão
destruidor protagonizado pela ótima guitarra de Geoff e a pulsante bateria de
Otto. A mesma energia é replicada no despojado carro-chefe “Blonde” e “Rare”. A
doce “Peach (Lobotomy)” tem essa
mesma vibe, porém a mesma é construída de um jeito bem mais suave, acompanhada
de assobios, ótimos efeitos e riffs que só tornam a faixa ainda mais
consistente nas fórmulas de um grande hit.
Waterparks
se mostra ser uma banda de pop punk bem moderna também ao longo do álbum, quando
deixa a bateria e a guitarra um pouco de lado para experimentações diferentes,
que iluminam o material de forma surpreendente. “Lucky People”, por exemplo, carrega uma pegada romântica e
acústica, acompanhada de uma das melhores melodias do álbum. Já “We Need To Talk” esbanja atitude,
trazendo um pouco de desilusão amorosa em meio de tantas que exalam romance.
Aqui eles experimentam um pouco de batidas eletrônicas, que ajudam a amargar a
música. “Not Warriors” e “Crybaby” seguem essa mesma linha. A
última traz um dos sons mais peculiares e inovadores do disco, firmando a
melancolia como uma areia movediça sufocante. Isso é perceptível pelos vocais
monótonos de Awsten, que são da demo, afinal o vocalista preferiu manter após
perceber que a essência do sentimento estava presente já naquela primeira
gravação.
Mas ainda no meio de tantas masterpieces, a destruidora “TANTRUM” tem uma certa sobreposição e
destaque. Waterparks não é muito conhecida por faixas intensas e rebeldes, mas
nessa música a banda rasga tudo com um punk rock de tirar o fôlego. Num ritmo
agressivo, rápido e furioso, a banda critica a indústria musical com letras
inteligentes e sinceras como “If I wasn’t thin and white with blue hair would I
be here?/Maybe if I kill myself you’ll know I’m sincere”. A música inteira é um
grande tapa na cara e nos faz querer pular sem parar e começar o headbang feito
louco.
Para encerrar, temos a perfeição pop
punk “Sleep Alone”. O refrão pega um
embalo grandioso, com uma bateria rápida impecável. A faixa deve ficar pra lá
de fenomenal quando tocada ao vivo. Aliás, não consigo mais parar de imaginar
como seria um show da banda aqui em terras tupiniquins. Será que podemos,
@Waterparks?
Com uma pegada bem jovem e
refrescante, embalada com letras bem elaboradas e instrumentais épicos,
Waterparks está construindo um legado completamente poderoso na cena pop punk,
encantando fãs de todos os gostos com seu som divertido. E novamente reforço:
esse é o tipo de banda stan worthy,
não só pra ouvir, mas pra virar fã mesmo. Os caras são muito legais e logo,
logo, garanto que você vai facilmente estar virando fã, vendo entrevistas do
trio e desejando que eles passem por aqui logo para fazer alguns shows. Como
diriam nossos caros amigos do The Maine, MAKE BRAZIL EMO AGAIN!
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