A banda escocesa CHVRCHES,
referência do synth-pop, está de volta para mais uma era, que se inicia com a
divertida e comercial “Get Out”.
Após dois discos de sucesso, o trio
chegou a todo vapor, mais pop do que nunca, com “Get Out”, o carro-chefe de Love
Is Dead, o recém-anunciado disco da banda que deve ser lançado bem em
breve.
A música marca a primeira
parceria do grupo com o tão prestigiado Greg Kurstin, produtor que já trabalhou
com Adele e Foo Fighters em ótimos materiais. E com o CHVRCHES não foi
diferente. “Get Out” possui uma
produção impecável, com instrumentais bem amarrados e desenhados para elevar o
grupo para uma dimensão pop não tão explorada nos lançamentos anteriores. Por
mais que CHVRCHES já estivesse conectada à música pop e eletrônica, a banda sempre
foi parte do “side-b” dos gêneros. A nova faixa, portanto, está pronta para
posicionar o trio como protagonista desse cenário, subindo alguns bons degraus
da escada mainstream da indústria.
Com melodias cativantes e
chicletes, a banda nos surpreendeu com um som bem refrescante, jovem e
divertido, quase sendo algo que poderia ser feito por Avril Lavigne, por
exemplo. E talvez seja nesse nível mainstream que a música chega a sugerir. Isso
pode ser muito bacana para a banda, porém extremamente perigoso para manter a base
de fãs de sempre, que sempre gostou do som único e audacioso do CHVRCHES. Mas agora
tudo é colocado em risco com identidade sonora tomando outras proporções e construindo
narrativas que não necessariamente estavam sendo esperadas. Por outro lado, não
podemos negar que se renovar é realmente algo necessário para qualquer banda e o
trio passou por essa fase com maturidade e qualidade.
Acima de tudo, ainda não dá para
dizer muito de como vai ser um álbum somente a partir do lead single. Mas ainda
há sim muitas chances da banda trazer um conteúdo mais interessante em termos
de composição e construção de clímax do que o carro-chefe. Vejo “Get Out” como uma boa jogada comercial,
com repetições bem marcantes, mas ainda nos deixa na expectativa para que o
álbum não pare nisso. Esperamos, assim, uma pegada mais artística e poética,
onde a banda sempre se destacou. Mas enquanto o Love Is Dead não é lançado, vamos só dançar por aqui ao som desse
hino!
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