Vira e mexe, um grande artista lança um projeto
ambicioso que promete agitar o mundo pop - acontece que, às vezes, os
resultados não atingem as expectativas e a frustração geral pegam os artistas
de surpresa (e a gente também!). Mas será que todo fracasso significa um
trabalho ruim? Jamais. A seguir, compilamos os álbuns que são considerados
grandes fracassos, mas que deveriam ter atingido maiores patamares.
10.
Double Dutchess - Fergie
Começando a lista com um grande flop recente,
Fergie não poderia ser melhor para a definição de grandes expectativas. Depois
do explosivo sucesso em 2006 com seu debute The
Dutchess e vários anos de pleno auge no Black Eyed Peas, era difícil
imaginar um cenário de fracasso para a cantora. Anunciando seu novo álbum desde
2013, quando participou da trilha sonora de The
Great Gatsby com a incrível “A Little Party”, o trabalho foi adiado
inúmeras vezes e apenas vendo a luz do dia em 2017, não sem antes ter diversas
tentativas de início – “L.A. Love”, “M.I.L.F. $”, “Life Goes On” e, por fim, “You
Already Know”. Com tanta confusão e falta de um direcionamento e data
definidos, o público se confundiu e não se identificou, fazendo assim de Double Dutchess não só um dos maiores
fracassos do ano como também da história do pop - infelizmente, uma vez que o
álbum é excelente.
9.
Calling All Lovers - Tamar Braxton
Pouca gente conhece atualmente Tamar Braxton, a
irmã da Toni, mas ela era uma grande promessa quando lançou seu Love & War, em 2013. Para termos uma
noção do sucesso inesperado, ela debutou em #2 com apenas 2 mil cópias atrás do
#1: o álbum Yours Truly, da Ariana
Grande. Nas vendas físicas, ficou em #1 na mesma semana, vendendo o triplo de
Ariana. Para um álbum de R&B sem grandes hits, as vendas foram uma feliz
surpresa para Tamar, que mirou mais longe com seu terceiro álbum, Calling All Lovers. O álbum, apesar de
ser seu melhor trabalho, não atingiu as expectativas e levou Tamar ao anonimato
mais uma vez.
8.
Push And Shove - No Doubt
Em sua primeira, porém não única aparição na lista,
Gwen vem com sua banda, No Doubt. Tendo um dos maiores sucessos da história da
música com “Don’t Speak”, o conjunto estava de hiato a algum tempo e retornou
em 2012 com o excelente Push And Shove.
No entanto, apesar de inovar e se atualizar com a geração, o público não se
identificou tanto e o trabalho acabou passando despercebido pelos que não são
fãs.
7.
ARTPOP - Lady Gaga
Provavelmente o fracasso mais conhecido da lista,
ARTPOP tem números que muitos artistas ainda sonham em alcançar. No entanto,
para os padrões Lady Gaga, foi o suficiente para levar a cantora ao limbo. Em
meio a um backlash desnecessário - sabemos que a mídia quando implica com
alguém, não desiste -, a cantora se viu em uma situação delicada. O álbum tem
infusões eletrônicas, com composições puramente pop, trazendo influências
inteligentes e artísticas. Talvez a ambição de Gaga tenha sido um tiro no pé,
talvez também por não conseguir imprimir suas inspirações sem soar pedante;
felizmente, atualmente o álbum segue sendo lembrado positivamente não só pelos
fãs, mas também pelos admiradores de música pop. Em tempos de Joanne, ARTPOP é
ouro.
6.
Hysteria - Katharine McPhee
Sem dúvidas o mais desconhecido da lista, é uma
vergonha que Katharine McPhee seja tão pouco reconhecida. Dona de uma voz
única, vice-ganhadora do American Idol, ex-estrela do inesquecível seriado Smash, Katharine só entregou trabalhos
excelentes ao longo da carreira. Em Hysteria,
ela traz o seu melhor de todos, com um pop extremamente divertido e
inteligente. O álbum foi produzido por Isabella Summers, que é nada mais nada
menos que uma das cabeças do Florence + The Machine e já trabalhou até com
Beyoncé; além de contar com composições de Sia e Ryan Tedder. O álbum pode ser
definido de uma forma simples, mas poderosa: se todos os pops de hoje em dia
seguissem essa linha, estaríamos numa qualidade musical muito superior e
memorável.
Gwen Stefani já foi um dos maiores nomes da
indústria, na mesma época que Fergie estourava. Demorou a voltar, passou pelas
mesmas coisas da Fergie, mas o fracasso foi menos alarmante. Ainda assim, This Is What the Truth Feels Like, que
foi fruto do fim de seu casamento e início de seu relacionamento com Blake
Shelton, não se identificou tanto com o público e quase não saiu. No entanto, o
álbum é uma pérola pop, com muita identidade e diversão. Gwen conseguiu, neste
álbum, unir sua personalidade forte com canções excelentes, que flertam com o
reggae, o ska e tudo que ela sempre gostou de brincar em seus trabalhos.
Escrito por: Rodrigo Izetti
4.
Mad Love - JoJo
Mais um álbum da lista que quase não viu a luz do
dia, mas para nossa sorte, viu. JoJo demorou muito para se libertar das
correntes de sua gravadora, mas quando conseguiu, trouxe seu trabalho mais
inesquecível. É impressionante como a cantora conseguiu se atualizar com o
cenário pop e ainda assim trazer canções atemporais com vocais insanamente
marcantes. Esse álbum é, sem dúvidas, uma carta essencial para qualquer
aspirante a amante do pop.
3.
Glitter - Mariah Carey
Que Mariah Carey foi o maior nome dos anos 90, não
há discussão. Mas após 10 anos de puro sucesso, a cantora viria a experienciar
o que se tornou a maior referência de fracasso da história. Numa sucessão de
tristes acontecimentos, que incluem sua internação e o fatídico 11 de Setembro
de 2001, o álbum encalhou e é esquecido até pela cantora. No entanto, aqui ela
conseguiu unir o melhor do pop com grandes influências do pop underground dos
anos 80, num trabalho que provavelmente deixou Prince muito orgulhoso. Sem
falar nos vocais que, sempre que se trata de Mariah, dispensam apresentações,
não é mesmo?
2.
Rated R - Rihanna
É até injusto dizer que Rihanna teve algum flop na
vida, mas esse daqui segue a mesma linha de pensamento do ARTPOP: não são
vendas ruins, tem até um single #1, mas não atingiu as expectativas que o nome
da cantora traz - ainda mais sendo o álbum que vinha a seguir da explosão de “Umbrella”,
seu grande hit que a levou à A-List de artistas. O álbum vem de um período
sombrio da vida da cantora, mas que traz sua personalidade com mais força. O
teor dark do álbum consegue imprimir dúvidas, medos, inseguranças, tudo de
forma madura que uma cantora de 21 anos (na época) impressionantemente
conseguiu abordar.
1. Bionic
- Christina Aguilera
A geração atual, que consome Rihannas, Taylor
Swifts e etcs, teve seu início no começo da década, quando nomes como Lady Gaga
estavam no auge. Com isso, Christina Aguilera se tornou a maior referência
atual do significado de flop, uma vez que o Bionic teve as maiores expectativas
e também investimento dessa lista. Depois do sucesso, tanto de crítica quanto
de público, do Back to Basics, ela
decidiu ainda em 2008 inovar e trazer um novo direcionamento: um pop futurista,
que explorasse mais sua voz de formas diferentes e trouxesse algo como uma
dominatrix do tempo.
Antes mesmo de Gaga explodir, ela já havia lançado “Keeps
Gettin’ Better” como single de sua coletânea de sucessos, indicando que o
direcionamento do próximo trabalho seria este. Dito e feito: em 2010, a cantora
retornava aos holofotes com “Not Myself Tonight”. Tudo se virou contra ela, e
ela se viu presa numa maré de backlashing,
comparações injustas com Lady Gaga, acontecimentos inoportunos e o desinteresse
do público com seu trabalho. O que era pra ter sido o maior projeto daquele
ano, se tornou inesquecível por um motivo muito mais triste: o fracasso sem
precedentes. Bionic é, no entanto, uma obra essencial para entendermos o pop
atual, para compreendermos como se faz um álbum com início, meio e fim e que
conta uma história. Que, acima de tudo, tem um conceito. Christina sempre foi e
sempre será referência no que se trata a voz e a trabalhos conceituais. Bionic é a prova disso!
Escrito por: Rodrigo Izetti
Bionic ❤
ResponderExcluirArtpop é hinário
ResponderExcluirGlitter pra mim é sonoramente um dos melhores da Mariah Carey. Se não fosse todos os infortúnios, teria sido um sucesso.
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