Breaking Benjamin traz mais do mesmo em seu novo álbum "Ember"


Depois de três anos de espera, Breaking Benjamin está de volta com novo álbum! A banda de Ben Burnley parece estar bem confortável com sua sonoridade e não fez grandes mudanças desde seu último trabalho de estúdio, mas será que isso é positivo? Descubra no nosso review de Ember.

Pela primeira vez, todos os integrantes da banda foram envolvidos no processo de composição, mas quem achou que isso traria uma nova sonoridade às músicas, vai se surpreender. Assim como em Dark Before Dawn de 2015, a banda focou apenas em dar o que os fãs pedem, sem a menor intenção de inovar ou incrementar o estilo adotado por eles até então. O lead single do álbum, “Red Cold River” já nos avisava disso tudo.

Depois da intro “Lyra”, o álbum de fato começa com “Feed the Wolf”, uma faixa competente e bem padrão da discografia da banda, pesada, melódica e centrada nos vocais. A letra, como de praxe, fala de frustração e a sensação de anestesia ao sofrimento. “Red Cold River” vem logo na sequência e se mantém na mesma linha, mas aposta mais no vocal gutural que a anterior.


“Tourniquet” fecha com chave de ouro a primeira trilogia de arrastadas e melódicas, com ótimos vocais e um refrão quase viciante. “Psycho” traz semelhanças com Korn, especialmente no baixo e faz você se perguntar se Benjamin Burnley irá adotar dreadlocks no futuro. Apesar da bateria até interessante, a faixa não convence muito e deixa bem claro que é uma das fillers do disco.


A balada “The Dark of You”, se é que é possível chama-la de balada, corta o clima do disco e traz a primeira grande queda do mesmo. A canção, que carrega um grande potencial, acabou presa a um instrumental muito fraco e que não faz jus às baladas anteriores da banda. A enérgica “Down” se encarrega de retomar o ritmo das coisas e se mostra uma das melhores do álbum, especialmente por conta dos vocais.


A ótima “Torn in Two” surpreende por trazer muita similaridade com faixas mais antigas do catálogo da banda, algo que eles vinham evitando desde a entrada da atual formação. Apesar de um pouco morna, “Blood” não decepciona e segura bem o ritmo do álbum, destacando as guitarras e mais uma vez os vocais, que combinam muito bem o melódico e o gutural.


A claramente filler “Save Yourself” não convence muito e apenas traz mais do mesmo, sem grandes destaques. O mesmo não se pode dizer sobre “Close Your Eyes”, que fecha o álbum (junto com a outro “Vega”). A canção acelera o ritmo fortemente uma última vez e traz um dos melhores riffs já feitos pela banda, além de ótimos vocais e uma bateria incrivelmente dinâmica.


Como dito anteriormente, Ember não tenta ser criativo ou trazer algo novo em sua sonoridade, o que acabou comprometendo o produto final. Entretanto, o álbum ainda assim figura entre os melhores desse ano (até o momento) e se mostra melhor que o anterior Dark Before Dawn, especialmente pela dinâmica do tracklist e pela produção e mixagem, que melhoraram significativamente. A espera, no final das contas, valeu a pena, principalmente para os fãs.

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