Depois da repercussão enorme de “Pesadão”, IZA traz sua personalidade forte em Dona de Mim, seu disco de estreia que está dando o que falar. O álbum indica que vamos ouvir o nome da cantora por muito tempo ainda, sempre como referência de muita versatilidade e talento.
Com tão pouco tempo de estrada, a cantora já está entre as maiores artistas brasileiras da atualidade, não perdendo nada para grandes nomes da Indústria Pop, como Anitta e Ludmilla. Mas ei, acha que é fácil? Todo esse sucesso não surgiu tão de repente como vocês imaginam.
Desde
2014, IZA vem publicando suas versões maravilhosas de sucessos do mundo pop,
incluindo Rihanna, Beyoncé e Sam Smith. Naquela época tudo era feito de maneira
muito despretensiosa, mas logo a voz da cantora começou a chamar muita atenção
e sua base de fãs ia crescendo junto aos views do canal.
Não
demorou muito para a cantora ter seu talento reconhecido por profissionais do
segmento. E foi aí, em 2016, que a carioca conseguiu o consagrado contrato com
a Warner Music Brasil, com quem ela lançou alguns singles como “Quem Sabe Sou Eu”, “Te Pegar” e “Esse Brilho É Meu”. Mas nenhum chegou nem perto do sucesso de “Pesadão”, carro-chefe do álbum que
estreou já no topo do Spotify Brasil e é atualmente um hit de platina tripla.
Como você já deve estar pensando, esse hino já nos avisava do estouro que seria
o álbum de estreia de IZA.
Com
uma personalidade forte e entrada calorosa, a cantora abre o álbum com “Ginga”, que já virou hit aliás. A
música traz a essência da raíz afro-brasileira, com direito a berimbau e vocais
extremamente fortes por parte de IZA. “Bateu”
segue com uma linha animada com uma combinação de reggae, hip hop e música
eletrônica. Sem dúvidas, essa é uma das faixas para você curtir com os amigos
na balada, principalmente por conta de sua pegada incrivelmente badass. E, logo em seguida, temos o hino
que alavancou a carreira da IZA, “Pesadão”,
com um reggae pop despojado e uma identidade muito singular.
Se
você achou que as outras músicas estavam animadas, “Corda Bamba”, parceria com Ivete Sangalo, contagia com seu ritmo
dançante que envolve uma percussão enérgica responsável por dar uma pincelada a
mais essencial ao disco. A festa continua também com a eletrizante “Rebola”, música em conjunto com Gloria
Groove e Carlinhos Brown. A canção tem uma produção impecável e uma energia
muito pra cima. É a música perfeita para curtir a noite com os amigos, assim
como “Bateu”.
“Saudade Daquilo” interrompe todo o clima festivo com uma sessão
surpreendentemente sensual. IZA usa e abusa do sex appeal num R&B aveludado por uma guitarra fascinante e um swing sem igual. A cantora continua essa
mesma vibe, agora como uma verdadeira Femme
Fatale, em “Engano Seu”, uma
faixa épica principalmente pelos metais e pela atitude de IZA. Já em “É Noix” temos uma ambiciosa mistura de
pagode com pop, que deu vida à essa parceria surpreendente com Thiaguinho. E,
acompanhada de uma produção cheia de charme, IZA não poderia perder a
oportunidade de se entregar ao R&B em “Toda
Sua”, uma faixa romântica com um ritmo delicioso e bem fluído.
Em
seguida, temos a acústica “Você Não Vive
Sem”, que nos deixa de boca aberta. A canção tem a função de ser um respiro
suave nesse álbum dominado por faixas upbeat.
Sem filtros, temos uma imersão introspectiva e orgânica nos sentimentos amargos
projetados pelos vocais graves e deslumbrantes de IZA. Realmente admirável. Todavia,
a música que deu nome ao álbum é, por sua vez, um dos grandes destaques do
conjunto. A leveza R&B de “Dona de
Mim” brilha de um jeito magnífico, com vocais doces e uma mensagem
maravilhosa de superação e autoconfiança. A canção toma proporções ainda mais
refinadas ao fim, com a adição de um saxofone genial.
Com
uma vibe leve, tropical e positiva, IZA exala empatia em “Lado B” e cativa com versos como “Deixa o amor te levar, elevar e iluminar aqui ou em qualquer lugar”.
“No Ponto”, por sua vez, encanta com
seu estilo burlesque, numa vibe Soul extremamente sensual guiada por piano e
guitarra, ambos executados de forma admiravelmente sublime. Ao fim, IZA encerra
o disco com a destruidora “Linha de
Frente”, com influências do pop e Hip Hop à la Karol Conka. A cantora
termina sua estreia com muito estilo em clima de celebração.
Em
meio às batidas frenéticas e dançantes e ao Trap e R&B muito bem amarrado,
IZA entregou um dos grandes destaques da música brasileira atual com seu álbum
de estreia. Viajando entre diferentes estilos em uma vibe animada, ardente,
romântica e sensual, a cantora trouxe uma mistura de tudo que sabe fazer
melhor, provando ser a artista completa que o mercado brasileiro de música
tanto precisa. E mais do que isso, com um conjunto tão sólido e consistente, ela
promete levar muita qualidade para o nível mainstream.
Tá de parabéns, IZA!
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