Três caras que sabem muito do fazem. Big Up é uma ótima aposta de sucesso na música brasileira e tem clipe novo chegando logo, logo! Aproveitando esse momento de crescimento da banda, nós batemos um papo muito legal com eles sobre muita coisa. Fique por dentro desse trabalho sensacional dos caras.
Anteriormente, nós fizemos uma matéria especial para eles, apresentando como é a sonoridade da banda e mostrando que eles já entraram no nosso radar! Se você ainda não tirou um tempinho para conhecer um pouco do que eles fazem, não perca tempo e acompanhe como é tudo muito bacana! E, é claro, com todo esse momento no mundo da música brasileira que eles estão tendo, tivemos a belíssima oportunidade de conversar e saber a partir deles mesmos um pouco mais sobre o surgimento e carreira da banda, shows, músicas, do clipe novo que está chegando aí e muito mais! A entrevista você confere na íntegra!
KT: Vocês formaram o grupo de uma forma bem natural, né? Como isso aconteceu? Vocês já eram amigos mesmo? E como era essa rotina de gravar demos, ensaiar e tudo mais?
Big Up: Isso, sim! A Big Up surgiu primeiro como um estúdio de gravação. Na época a gente não tinha dinheiro, estávamos zerados. Então, a gente montou um estúdio na casa do Grilo - que é um dos vocalistas - e eu (Gabriel) tinha uns equipamentos de estúdio, porque sempre gravei desde pequeno, e levei para a casa do Grilo. Nós fizemos uma música piloto para mostrar que a gente sabia mixar e masterizar para apresentar para o nosso bairro e tentar algo com os músicos aqui da região. Só que esse som que a gente fez acabou caindo na graça da galera e eles pediram para a gente fazer shows e aí o que era para ser um estúdio, virou uma banda.
KT: Teve algum conselho que vocês receberam no começo da carreira que vocês levam pra vida?
Big Up: A gente recebe muitos conselhos de outros músicos. Tem o Rael, um cara que ajuda muito a gente, a galera do Onze:20, do Mato Seco também! E acho que todos mostram uma admiração por sermos bem verdadeiros naquilo que a gente quer. Realmente falamos e fazemos aquilo que acreditamos. Então, os conselhos deles são sempre para que a gente se mantenha firme e forte e focados na nossa missão. E também é o conselho que damos para os outros músicos!
KT: Muito legal! Mas, sobre a gravação dos seus trabalhos e relação com gravadoras, como é isso para vocês?
Big Up: Já tivemos muitas propostas de grandes produtores renomadíssimos aí no mercado para fazer a nossa música com eles, mas a gente nunca quis. A gente continua gravando em casa no mesmo esquema, desde o começo e porque é um jeito da gente preservar a nossa essência. Sabemos muito bem o que queremos. Eles também podem acrescentar algumas coisas, mas acredito que apesar de já termos um álbum e tal, a gente ainda está deixando de ser "embrionário" - é uma coisa pequena que ainda está se desenvolvendo. Queremos uma identidade mais formada para então receber uma interferência externa.
KT: Ouvindo suas músicas, podemos perceber uma grande variedade de ritmos, instrumentos e tudo mais. Em que vocês se inspiram para a criação dessas canções?
Big Up: A gente gosta muito de música brasileira. Gilberto Gil, Djavan, Lô Borges... Então nos inspiramos bastante na música brasileira, mas a gente também gosta muito de reggae e rap, como o Racionais que a gente gosta tanto musicalmente quanto ideologicamente. A gente bebe de várias fontes. Acredito que também por sermos da periferia de São Paulo, temos contatos com tudo. São Paulo tem tudo em uma cidade só, e por estarmos na periferia temos muitas influências do nordeste também. E toda essa mistura tá no nosso som.
KT: O álbum de estreia de vocês traz uma versatilidade e um som muito único e envolvente. O que vocês queriam transmitir com esse trabalho?
Big Up: A gente gostaria de transmitir entretenimento, mas principalmente, levar coisas boas, sei lá, falar de amor e ir na contramão de toda essa crise no mundo, de política e esses pensamentos fascistas. Gostamos de falar da fé e da espiritualidade, que é onde a gente acredita que pode se fortalecer para uma verdadeira mudança.
KT: Como cada um de vocês agrega à sonoridade da Big Up? De que forma a musicalidade do grupo absorve a individualidade de cada um?
Big Up: Todo mundo participa bastante. Nós três somos compositores. Por exemplo, em "Xangô", nossa música de estreia, eu (Gabriel) cheguei com o refrão e cada um chegou com um verso e na hora de gravar, eu toco todos os instrumentos e tudo mais, mas todos dão opiniões. Então eu - o Gabriel - chego mais com a parte musical, de direcionamento. O Grilo chega muito com o diferencial e sem ele a nossa música não teria esse brilho e não seria tão legal. O Pierro é o que traz a confiança para a música, ele é um cara muito confiante, traz muito incentivo, tem palavra forte. Então, cada um contribui de uma forma, mas todos são essenciais. Tem muito de todos bem presente.
KT: O ragga e o sound system de rua são grandes raízes para a Big Up. Vocês poderiam falar um pouco sobre a importância desse movimento e como ele é refletido no trabalho de vocês?
Big Up: O Grilo, ele já tem uma história com isso, com um grupo de São Paulo que se chama Amanajé Sound System, que deve ter uns 10 anos. Então, tem todo um trajeto dentro desse segmento e ele participou de tudo isso montando o sound system na rua. Quando a gente começou o projeto, por ter essa coisa de um só tocar todos os instrumentos e outros cantarem, não sabíamos como íamos reproduzir isso no show e a linguagem do sound system foi a que mais possibilitou isso. E aí chamamos uma DJ. Gostamos muito de toda essa ideologia de levar música para todos. Imagina só, nós já fomos fazer shows com a banda toda em um carro só. Ter isso viabilizou muito nossos shows.
KT: Sabemos que estão prestes a lançar um novo clipe. Podem contar um pouco sobre ele?
Big Up: Vamos lançar o clipe da música "Eleva", que inicialmente seria gravado em um show ao vivo. Mas aí o diretor veio e apresentou várias ideias novas de fazer uma história junto com o vídeo ao vivo. Nós gravamos por cerca de dois meses. E recebi os primeiros cortes do clipe e, vou dizer, é o melhor trabalho audiovisual da carreira da banda. Representa muito bem a banda. O Derick Borba - o diretor - vinha de Maceió muitas vezes e ajudou muito a gente e estamos ansiosos para lançar porque vai ser massa!
KT: Quais artistas vocês gostariam de fazer uma parceria?
Big Up: Nossa, a gente é tão eclético que poderíamos fazer parcerias desde Péricles ao Paul McCartney.
KT: Para finalizar, vocês já têm planos para o futuro, algum projeto novo? Como está a agenda de vocês?
Big Up: Nós pretendemos lançar um segundo álbum e incluir umas parcerias. Temos um relacionamento muito legal com a banda Mato Seco, então talvez algo com eles, algo com Rael. Mas isso não depende só da gente... E nossa agenda tem show pela frente no Rio, São Paulo, vamos ter nossa primeira vez lá em BH com o Cacife Clandestino e acho que vai ser muito bom! Mas vou dar uma ênfase no nosso show do dia 15/06 no Carioca Club, em São Paulo, com o Onze:20 que é uma banda que a gente ama. Participamos do novo álbum deles e acho que esse show vai ser um marco do raggae e da nossa amizade e tudo mais!
Acho que temos ótimos motivos para deixarmos ser conquistados pelo talento dos caras e, podemos dizer que logo eles serão muito falados por aí. Além disso, recomendo que fiquem por dentro da agenda de Big Up, porque eles logo podem ter um show marcado em sua cidade e você precisa garantir seu ingresso e permitir que eles carreguem música boa para você!
Acho que temos ótimos motivos para deixarmos ser conquistados pelo talento dos caras e, podemos dizer que logo eles serão muito falados por aí. Além disso, recomendo que fiquem por dentro da agenda de Big Up, porque eles logo podem ter um show marcado em sua cidade e você precisa garantir seu ingresso e permitir que eles carreguem música boa para você!
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