Proveniente de Belo Horizonte,
a banda Daparte é o mais novo nome da música brasileira. Os meninos chamaram
bastante atenção com seu disco de estreia, Charles. E claro,
não poderíamos perder a oportunidade de bater um papo com eles!
Misturando referências do rock
alternativo ao MPB, Daparte surpreendeu muito em seu debute, que nos trouxe
um trabalho criativo e diversificado. O experimentalismo desses cinco artistas
trazem algo completamente refrescante para a cena da música atual.
Sabendo disso, conversamos um
pouco com eles sobre a formação da banda, a essência desse som tão autêntico e
o processo criativo por trás de Charles, o álbum de estreia do
quinteto. Confira a entrevista na íntegra:
KT: Como a música se
manifestou em vocês pela primeira vez? E qual foi o momento em que vocês se
deram conta que gostariam de tomá-la como carreira?
Daparte: Todo mundo da banda tem
contato com a música desde novo, dentro de casa. Alguns inclusive são filhos de
músicos, então desde sempre ouvimos música juntos com nossos pais. Já o momento
que decidimos que queríamos seguir a carreira, foi no momento em que a banda se
tornou um projeto sério, gravando em estúdio, tocando em grandes casas de show
de BH.
KT: E em meio todo
cenário musical mineiro, como o Daparte veio a se formar?
Daparte: Em 2015, o Juliano
tinha uma banda (Twig) que havia se separado há pouco tempo. Daí, ele recebeu
um convite para um show e juntou nós cinco. Após esse show, ficamos felizes com
o resultado e resolvemos continuar tocando juntos e seguimos com a banda. As oportunidades
de shows se tornaram mais constantes, assim como a presença do público nos
shows.
KT: Com esse disco de
estreia, dá pra perceber que vocês unem diversas referências, desde o pop rock
até o MPB e outras variações. Como vocês descreveriam o som experimental e a
essência da banda para alguém que ainda nunca ouviu o Daparte?
Daparte: É realmente
complicado descrever o nosso som. Além das influências em comum entre os
integrantes, que são mais evidentes no Charles (Beatles, Clube
da Esquina, Supergrass, Vulfpeck), cada um escuta sons bem distantes do que o
outro ouve. E pelo fato de acertarmos os arranjos de todas as músicas juntos em
estúdio, cada composição pode ter traços e sonoridades diferentes. Essa é a
essência da banda, 5 compositores, que se encontram dentro das mais diversas
referências musicas.
KT: Esse primeiro
álbum, Charles, foi produzido por nada mais, nada menos que Renato
Cipriano, o pai do Bernardo, e claro que também contou com o apoio de todos os
pais e familiares de todos vocês, incluindo até Samuel Rosa, o pai do Juliano.
Como é pra vocês conviver com a participação de todos eles, até de pessoas que
já estão no meio musical há décadas, sempre apoiando e aconselhando vocês? De
que forma isso influenciou o processo criativo do álbum em questões de
aprendizado?
Daparte: O apoio de nossos
pais é fundamental desde os primeiros passos de cada um como músico. Com a
banda não é diferente. Todos somos muito ligados às nossas famílias, então é
bem natural conviver com essa participação próxima dos pais. Procuramos sempre
ouvir os conselhos, principalmente no que se refere a questão profissional, dos
desafios que a estrada apresenta, etc. Na parte musical, só houve interferência
mesmo do Renato, que nos ajudou demais principalmente com a sonoridade do
disco.
KT: Falando do processo criativo,
vocês mesmos tiveram muita participação nele. Além de ótimos músicos, vocês
também são todos compositores incríveis, o que fez com que cada um pudesse
deixar sua marca registrada em cada música. Qual é a relação mais individual de
vocês com esse trabalho perante à composição?
Daparte: As 10 faixas do disco
assinadas por integrantes da banda, algumas em parcerias com terceiros ou até
mesmo parcerias entre nós. Como eu disse anteriormente, por mais que as
composições cheguem de maneiras diversas, os arranjos são sempre feitos em
conjunto. No caso do Charles, nós 6 (a banda e o Renato Cipriano)
juntamos no estúdio e bolamos os arranjos, discutimos sonoridades e às vezes
até estrutura das músicas. Assim cada um pôde colocar sua cara no disco.
KT: Com o Charles já
disponível, como vocês imaginam que essas músicas vão impactar e conquistar
novos fãs pra banda? Qual sentimento vocês acham que o público vai sentir ao
conhecer o som do Daparte?
Daparte: Sim, queremos que
essas músicas cheguem ao maior número de pessoas. Não é todo mundo que vai
gostar, mas esperamos que agrade bastante gente. Não dá pra imaginar o
sentimento das pessoas ao ouvir música, é uma coisa muito subjetiva. Esperamos
que sejam sentimentos bons!
KT: Para finalizar, vocês
podem citar uma grande expectativa para o futuro e um sonho de carreira? O que
vocês idealizam para o Daparte daqui pra frente?
Daparte: Nosso objetivo agora
é rodar o estado e o país com esse álbum. Fazer muitos shows, conhecer novas
bandas e nosso público por todo o Brasil. São vários sonhos, o primeiro deles,
que era lançar nosso registro em estúdio, está feito. Tomara que passo a passo
a gente consiga conquistar o que almejamos.
Com uma personalidade tão
bem definida e um trabalho extremamente legítimo, temos certeza que vamos ouvir
falar muito de Daparte pela frente. Aproveite para ouvir a seguir o álbum de
estreia. Esses meninos vão longe!
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