Na última
sexta-feira (18/5), James Bay marcou retorno com seu novo álbum, Electric
Light. Com direito a narrativa romântica, interludes e indie
rock de primeira, o inglês entrega ainda mais inovação em relação aos
seus últimos trabalhos.
Logo no começo, temos uma introdução com um homem e uma mulher
conversando, supostamente sobre o relacionamento. Daqueles do tipo que os dois,
mesmo não querendo ficar juntos, no final das contas são atraídos um pelo
outro.
Fato que se
confirma na primeira música “Wasted On Each Other”, que abre o
álbum com riffs avassaladores responsáveis por desenhar a temática de um amor
intenso, moderno e carnal que persiste de forma insana. Com um ritmo
conquistador e sensual, esse é o primeiro momento que percebemos qual é a
pegada predominante desse disco: enquanto o debute Chaos And The Calm era
feito de baladas românticas guiadas por violão, Electric Light,
como o próprio nome diz, é feito de músicas eletrizantes, com mais espaço para
se marcar bem a guitarra e bateria, com músicas bem mais ardentes do que o
primeiro. A mesma temática de amor intenso, sexual e despretensioso segue na
linha oitentista, extravagante e dançante de "Pink Lemonade".
O lado mais
amoroso e sensibilizado de James Bay também ganha espaço nos sintetizadores e
R&B do carro-chefe "Wild Love" e a encantadora e
delicada "Us", faixa que James Bay revela acreditar no
amor como forma de resgate e salvação em meio ao caos que o cerca na
atualidade. Acompanhado de um belo piano, vocais angelicais e uma guitarra
sutil, o músico canta sobre amor, paz e salvação.
Em seguida, “In
My Head” parecer restaurar toda a animação. Com coros ao fundo e letra
repetitiva. Neste momento da narrativa, ele não consegue esquecer a parceira
depois de apresentar o seu amor incondicional por ela na última música. Um
estilo de amor que consegue o salvar de todos os problemas.
James Bay agora
mergulha em um country rock fascinante em “Just
for Tonight”. Depois do interlúdio, o relacionamento dos dois personagens
parece manifestar desentendimento, por isso ele sugere que os dois esqueçam
tudo e só se divirtam por uma noite. Os coros e a repetição continuam a
aparecer, em cima de um ritmo que parece ser tirado da trilha sonora de um
filme com final feliz. Uma faixa realmente inspiradora.
Já “Wanderlust” é
aveludada por um indie rock prazeroso de se ouvir. Carrega
sons de guitarra e toda a leveza compatível a letra, que fala sobre ter o
desejo de viajar, se renovar e construir uma nova realidade em que aquele amor
possa renascer. A faixa é construída com uma linearidade extremamente refinada,
pronta para se conectar diretamente ao coração do ouvinte.
Após grandes explosões
de sentimento das outras músicas, o ritmo fica amargo em "I Found
You", o que resulta em um coral incrível que guia James Bay em um
momento sentimental e intimista, com uma sonoridade jazz realmente
impressionante. “Sugar Drunk High” substitui os violinos da
música anterior por sons computadorizados, partindo para uma linha mais
racional. Ela dá a sensação de nostalgia e adequa-se à narrativa. Trechos
como “If we ever grow up, we'll be gone in the moment” manifestam
as relações e momentos que temos na juventude, únicos, mas passageiros. Algo
que se perde quando crescemos.
Para finalizar
o Electric Light, James Bay decide utilizar o pop melancólico,
carregado de sintetizadores e violinos. “Stand Up” leva batidas
fortes e, conforme caminhamos para o final do disco, elas vão ficando mais
amenas. Com influências do jazz, as duas últimas faixas diminuem o ritmo e as
batidas gradualmente, finalizando o disco de forma amarga e sincera ao passar a
mensagem da importância de amor, em meio ao mundo que vivemos.
Em resumo, percebemos uma evolução sonora para o cantor, que
mantém seus vocais cativantes do primeiro álbum, porém com instrumentais bem
mais progressivos, ao se inspirar em artistas como David Bowie, Prince, The
Strokes e muitos outros para construir um som mais rasgado, como já dito em
entrevista pelo próprio compositor para o portal Entertainment Weekly. Além disso, James Bay nos prende do começo ao fim, em uma
narrativa sincera sobre amor e perdas que se chocam em uma bela mistura de
realidade. James Bay está de parabéns!
Bay me soa muito piegas em vários momentos, é algo intenso, mas de uma forma ruim.
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