A gloriosa história do Rock And Roll



Há muito tempo atrás, tudo era amor e felicidade quando se tratava de música, até que surgiu o rock que, não mais que de repente, se tornou um dos maiores e mais influentes gêneros da história. Que tal relembrar algumas das bandas que se tornaram referências quando se trata desse gênero, que ainda move gerações.

1950 – Os primórdios

Marcado pelo uso de baixo, bateria e principalmente guitarra, o rock, ou rock and roll para os mais íntimos, teve sua fase inicial lá na década de cinquenta, fazendo sucesso com artistas “pouco conhecidos” como Elvis Presley, Chuck Berry, Buddy Holly e Johnny Cash. Hoje, o que eles faziam naquela época, é popularmente conhecido como rockabilly, subgênero primordial do rock.

Sem dúvidas, uma das músicas mais icônicas daquela fase é “Johnny B. Goode”, lançada por Chuck Berry em 1958, canção que viria a fazer sucesso novamente em décadas posteriores, mais notavelmente na voz de Peter Tosh, que a regravou com um arranjo reggae em 1983.


1960 – A mutação

Na década seguinte, o rock continuou a ser experimentado, das mais variadas formas possíveis. Grandes bandas surgiram e deram suas próprias caras ao gênero, como a alegria contagiante dos Beach Boys, a loucura dos Rolling Stones, além é claro dos Beatles, que dispensam maiores comentários. Um pouco mais adiante, surgiram os principais difusores do hard rock, blues rock e do rock psicodélico, como Cream, Jimi Hendrix, Pink Floyd, The Who e Led Zeppelin.

Com apenas quatro discos, o Cream foi responsável – talvez até mais que os Beatles, por criar a sonoridade “padrão” do rock, fazendo com que as bandas que surgissem posteriormente, tivessem quase que uma obrigação moral de usar guitarra distorcida.


1970 – É rock que você quer @?

A década de setenta foi discutivelmente o melhor período da história do rock, não só pelo impacto cultural causado pelo gênero, mas pela enorme quantidade de bandas importantes que surgiram na época. Black Sabbath, Deep Purple, Queen, Lynyrd Skynyrd, Van Halen, AC/DC, cada banda fazia rock à sua própria maneira, algo que acabou moldando uma infinidade de subgêneros. A segunda metade da década foi marcada pela explosão do punk, liderada pelo Sex Pistols, que mesmo com um disco só, se tornou a principal precursora do movimento.

Dando forma definitiva à sonoridade experimentada na década anterior, o Black Sabbath foi o principal responsável pela criação do heavy metal e é, sem dúvidas, a principal referência desse subgênero, afinal, a esta altura todo mundo já ouviu “Iron Man” ou “Paranoid” uma vez na vida.


1980 – E agora?

Os anos oitenta não foram lá muito gentis com o nosso rock and roll, o gênero foi distorcido por uma espécie de glamour excessivo e desnecessário e várias bandas chegaram ao fim. Ainda assim, houveram bons momentos e o surgimento de grupos importantes como The Smiths, Metallica e Guns N’ Roses, que são lembradas até hoje como grandes ícones do gênero. Ainda nessa década, lá em Seattle, tivemos o silencioso surgimento do movimento grunge, que viria a ser muito importante alguns anos depois.

De forma inesperada, o Metallica se tornou uma das maiores bandas do mundo, além de serem até hoje a banda mais bem-sucedida da história do metal, o que para alguns é um elogio e para outros é motivo de vergonha, mas sejamos sensatos, né?


1990 – Seattle é o lugar!

Ah os anos noventa, amado por alguns, mas lembrado por todos. A década foi marcada pelo já citado movimento grunge, que deu origem a uma enorme explosão de rock barulhento e contagiante, levado às massas por bandas como Soundgarden, Alice in Chains, Pearl Jam e é claro, pelo Nirvana, que com seu segundo álbum Nevermind, foi responsável por levar meio mundo a Seattle e colocar o rock nas manchetes, rádios e televisões de todo o planeta, fazendo todo mundo querer usar camisa de flanela e berrar no microfone.

Chega a ser até redundante dizer que “Smells Like Teen Spirit” é a cara da década de noventa, porque a década de noventa também é a cara dessa música! Com ela, o Nirvana tirou do topo das paradas ninguém menos que Michael Jackson e logo se consagrou como uma das maiores bandas do momento.


2000 – Distorção, gritaria e... roupa de brechó?

No final da década anterior, algumas bandas americanas surgiram e começaram a formar uma cena que poucos anos depois ficaria conhecida como a galera do Nu Metal, que incluía nomes como Korn, Limp Bizkit, Linkin Park, Deftones, System Of A Down, entre outras. Um pouco mais à frente na linha do tempo, no Reino Unido, surgiram as bandas da cena Indie, como The Strokes, Arctic Monkeys, The Kooks, Kaiser Chiefs e Franz Ferdinand. O Indie apostava na simplicidade, enquanto o Nu Metal era mais complexo, criando um contraste memorável, por exemplo, na MTV, que naquela época ainda tinha muita força.

A maior parte das bandas da década de dois mil, acabou não prosperando tanto, depois do declínio do rock, mas o Linkin Park é a maior exceção dessa extensa lista. Os caras dominaram a década de ponta a ponta, com discos memoráveis e canções que continuam tocando até hoje, como é o caso da maravilhosa “In The End”.


2010 – Rock? Nunca nem vi!

Com a notável perda de espaço na grande mídia, o desânimo bateu, várias bandas chegaram ao fim e poucas realmente importantes vieram a se formar desde então. Mesmo com esse declínio, algumas bandas ainda apareceram e nos fizeram respirar aliviados, como Nothing But Thieves, The Neighbourhood, Greta Van Fleet e Royal Blood. Ainda houveram reuniões de System Of A Down e Soundgarden, com esta última nos proporcionando o ótimo King Animal em 2012.

De todos os artistas que surgiram nos últimos anos, o Royal Blood é de longe a banda de maior impacto. Com apenas dois integrantes e uma das melhores sonoridades do rock atual, os caras jogaram seu segundo single “Little Monster” no topo das paradas e já lançaram dois álbuns dignos de serem chamados de clássicos instantâneos.


O pop sempre esteve aqui, mas na década atual, a farofa de purpurina realmente engoliu todos os outros gêneros e domina 99% da programação das rádios. O rock? Bom, o rock continua lá no cantinho dele, lançando canções memoráveis como sempre e lotando arenas como sempre. Existem alguns que dizem que o rock morreu, mas acreditem, isso nunca vai acontecer.

Viva o rock!

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