Amy Shark faz de seu debute, "Love Monster", uma explosão de sentimentos


O tão aguardado álbum de estreia de Amy Shark finalmente está entre nós! Love Monster traz um conjunto de letras intimistas junto a um ritmo que dá vida a muitos sentimentos. O disco é a grande prova do porquê a cantora australiana tem sido nomeada como uma grande revelação da música alternativa.
Para quem ainda não conhece Amy Shark, fizemos um post recente contando tudo que você precisa sobre a cantora, incluindo sua jornada até chegar a esse debute fenomenal. Basicamente, Amy começou a desenvolver seu interesse pela música já muito jovem, ouvindo bandas como Silverchain e The Police, que eram favoritas dos seus pais. E, com o passar do tempo, a cantora foi desenvolvendo seu próprio som e criando uma identidade artística que já conquistou muita gente ao redor do mundo.
Com o seu single “Adore”, a cantora partiu das gravações de demos no seu quarto para receber grandes prêmios do mundo da música e marcar presença em importantes palcos do mercado de entretenimento, como o do The Late Late Show With James Corden e The Tonight Show Starring Jimmy Fallon. Após o lançamento de seu EP, já era certo que Amy estava seguindo na direção certa e Love Monster é a grande prova disso. O álbum deve ser o grande responsável por firmar seu estrelato definitivo.
Do começo ao fim, a cantora soube nos conquistar com seu brilho lírico, que nos guia em suas experiências e sentimentos de forma apaixonante. Acompanhada de um violão doce, simples e calmo; Amy começa o disco com “I Got You”, uma faixa romântica em que a australiana revela suas mais profundas reflexões ao se entregar a um interesse amoroso. Com um flow delicioso e composição criativa, já temos ideia de como esse lançamento vai ser envolvente ao decorrer dele.
E, na sequência, não tinha como ficar melhor. É hora do hit “Adore”, uma canção profunda com uma das melodias mais marcantes do disco. A faixa traz a necessidade de Amy se embriagar para finalmente tomar coragem e se entregar ao seu interesse amoroso. Trazendo um tema de fácil identificação, a música é como um abraço bem envolvente. Não é à toa que a canção já tocou o coração de uma multidão ao redor do mundo.

“I Said Hi” traz uma construção sombria e penetrante que explode em um refrão digno de tocar nas rádios. Nela, Amy desabafa sobre suas dificuldades de conseguir ingressar no mercado musical, revelando, através de uma performance forte e marcante, a persistência que sempre teve dia a dia, mesmo sendo desacreditada. Uma mistura de angústia e rebeldia dão luz a versos incríveis como “Tell 'em all I said hi, have a nice day. You’ve been asleep while I’ve been in hell”. Em contraponto, a produção mais minimalista de Joel Little para “Never Coming Back” dá vida a um lado mais angelical e encantador de Amy, que chama bastante atenção junto ao dinamismo da canção.

Outro enorme destaque do lançamento é “Psycho”, a parceria memorável com Mark Hoppus. As vozes dos dois se encontram em perfeita harmonia, ganhando ainda mais força com a guitarra e bateria marcantes. É assim, de um jeito extraordinário, que a dupla agrega um valor afetivo ainda maior à faixa. Uma balada que mistura uma vibe stripped-back com um leve toque de pop punk romântico merece muito nossa atenção.

A versatilidade da cantora ganha cor com a canção banhada por atitude “Don’t Turn Around”, em que Amy entrega uma composição ousada que se torna rapidamente uma verdadeira obra de arte da música pop com as batidas pop-trap despojadas. O mesmo tipo de atmosfera é construído em “Middle of the Night”, que também flerta com um EDM surpreendente que te conquista logo no primeiro refrão.
O fato de que a cantora se vê confortável a expor todos os seus lados na sua música, inclusive o mais vulnerável e sincero, é o que nos traz uma sensibilidade poética e musical realmente singular ao mercado. Assim, Love Monster ganha forças através de uma narrativa extremamente emocionante e explosiva ao mesmo tempo, que representa a dualidade de crises existenciais que são frágeis e impulsivas ao mesmo tempo. É, nessa fórmula agridoce brilhante, que Amy apresenta canções como “The Idiot”, “Mess Her Up”, “Leave Us Alone” e “The Slow Song”; todas com um clima nostálgico que cria uma trilha sonora surpreendente aos nossos ouvidos.  
Chegando ao fim, o disco é encerrado com chave de ouro com as deliciosas “I’m a Liar” e “You Think I Think I Sound Like God”, ambas seguindo uma linha mais calma. A última delas, inclusive traz uma construção lírica e sonora de outro mundo, fazendo desse o momento o mais profundo de todo o álbum. Com uma linha poética genial, Amy Shark encerra Love Monster com uma obra bela e delicada que fascina do começo ao fim, em uma explosão de sentimentos que resume o álbum muito bem.
Love Monster traz, acima de tudo, uma bela combinação entre composição e produção feitas sob medida para levar Amy Shark para outro nível de sua carreira. Em um produto final que viaja entre o som de Halsey e Avril Lavigne, a australiana cai como um sopro suave de sensibilidade em uma indústria saturada e superficial. As histórias de idas e vindas do amor e as melodias bem boladas apresentadas pela cantora vão certamente impactar muita gente ao redor do mundo!

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