Liam Payne tenta encontrar seu som no EP "First Time"

Após as amostras que tivemos com “Strip That Down” e “Familiar”, Liam Payne continua sua carreira solo com o EP First Time. Será que o ex-One Direction está encaminhando para mais uma jornada de sucesso?

Para um contexto geral, Liam Payne iniciou sua carreira solo algum tempo atrás com o single “Strip That Down”, que teve uma recepção morna do público e acabou atrasando o lançamento de um eventual álbum. Os singles que vieram a seguir tiveram também não foram expressivos ao ponto de diferenciá-lo no mercado e os planos mudaram: de um disco completo, o projeto diminuiu para um EP com 4 faixas inéditas, descartando portanto tudo que havia sido lançado até então.

É importante frisarmos o quanto uma sonoridade com personalidade marcante pode influenciar no resultado do trabalho, e é exatamente isso que acontece aqui. É só usar como termo comparativo os projetos de seus colegas de banda: Harry Styles obteve aclamação mundial com seu álbum autointitulado, que possuía influências rock e flertava com vocais poderosos. Niall, por sua vez, mergulhou no universo pop country e conquistou o mundo com composições simples, porém cativantes. Por fim, Zayn trouxe um R&B com infusões urban e conquistou até os que mais o criticavam. Sentiu falta de alguém? Pois então: Louis, que tinha intenções de lançar um álbum, aparentemente desistiu temporariamente do projeto após os singles não terem sido o maior dos sucessos e está focado no trabalho de jurado do X Factor britânico. Louis não tem vocais marcantes, trouxe algumas canções, outras genéricas, mas todas sem se conversar musicalmente entre si, o que fez com que sua identidade artística ficasse um tanto quanto frouxa e ele passasse despercebido muitas vezes.


É isso que acaba acontecendo com Liam. E é isso que acontece aqui, com seu primeiro EP. Ao longo de 4 curtas faixas, o cantor não entrega algo marcante, soando como qualquer descarte de qualquer outro cantor - até de seus colegas. Aliás, por mais que “Strip That Down” soasse como uma canção comum, era interessante ver o direcionamento “Timberlake” que ele estava tomando. No entanto, neste trabalho, a inspiração não parece estar nas alturas. As faixas se misturam com sonoridades confusas entre si e nenhum elemento surpresa - aliás, são até previsíveis, com exceção da balada “Depend On It”, que apesar de não ser algo tão envolvente, mostra um lado diferente de Liam. 

É claro que, para os fãs orfãos do One Direction, serão 4 faixas de puro deleite e muitos suspiros. Se a intenção era agradá-los, o objetivo parece se concretizar facilmente; mas se a intenção era aumentar seu público, isso dificilmente acontecerá, principalmente pelo fato de que Liam parece ainda não saber qual mensagem ele quer passar e de qual forma, soando muitas vezes superficial com canções nada marcantes. Sabemos que ele tem potencial e pode entregar algo melhor. Continuaremos na expectativa!

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