Clássico, moderno, artístico. Titãs já reúne mais de trinta anos de carreira e são, com toda certeza, uma das cinco maiores bandas de rock do Brasil. A popularidade vinda desde os anos 1980 continua até hoje apesar de todas as mudanças. Batemos um papo exclusivo com eles sobre tudo isso. Venha ver.
Somando tudo, já são 36 anos de estrada transformando tudo em música - em rock. Titãs veio da década de 1980 como um estouro do rock nacional. Uma banda essencial, admirada por muitos e tomada como inspiração de muitos novos artistas. Eles já mudaram seus componentes, mas nunca deixaram de ser uma banda por completo.
Recentemente lançaram o décimo quinto álbum/DVD chamado Doze Flores Amarelas. Recheado de personagens, o álbum acompanha o novo projeto dos Titãs: o ópera rock. Desafios e novidades tomaram os novos caminhos da banda e nós conversamos com eles sobre tudo isso. Confira nossa entrevista com uma das maiores bandas do rock nacional!
KT: Primeiro de tudo, eu gostaria que você pudesse me dizer o que esse DVD, o “Doze Flores Amarelas”, significa pro momento atual da banda?
Britto: Posso dizer que isso foi um desafio, mas que também foi algo lindo de se fazer. Foi uma grande oportunidade para a gente se reinventar, experimentar novidades. Mostra muito a nossa expressão da individualidade, e como a gente sempre busca alimentar a nossa relação com a música. Foi um trabalho ambicioso, onde a gente encontrou alguns desafios, mas existem muito mais lados prazerosos com isso.
KT: O Branco ficou um tempinho afastado, né. Como é ter ele de volta ao palco com vocês depois de tudo?
Britto: É um prazer enorme ter ele de volta, inclusive, amanhã vai ser o primeiro show com ele de volta em todo o nosso ambiente novo! Ele sempre fez uma falta grande, somos amigos a vida inteira, mas ele teve alguns problemas graves e precisou se afastar, mas graças a Deus está de volta com a gente aqui.
KT: Ah, que ótimo! Mas agora falando sobre o show então, qual a principal diferença pra apresentar uma ópera rock e apresentar um show normal? Qual o principal desafio?
Britto: Ah, é algo inovador para a gente. Sabemos que é bom estar sempre se modificando, afinal, estar acomodado não vale a pena, empobrece a nossa relação com a música, com tudo.
E se reinventar não foi apenas desafiador para gente. Apesar disso, existem muitos lados prazerosos como, por exemplo, de ver atores e atrizes, cantoras contracenando enquanto tocamos. São marcações que não vemos em um show normal. Ao mesmo tempo que a gente acaba sendo o narrador e personagem de muitas histórias que a gente canta. É tudo muito rico e diferente, muito bacana mesmo experimentar algo assim.
Como a gente vê com as bandas gringas que usam encenação, ou que acabam virando um filme, um musical na Broadway, como fez Queen... é realmente algo inédito para os Titãs.
KT: Já que falamos sobre a gringa, então, já tivemos, aliás, grandes ópera rock no passado, do Pink Floyd (The Wall) a The Who (Tommy). Vocês se inspiraram em alguma específica para criar a própria?
Britto: Bem, não posso dizer que foi uma específica, mas muitas coisas que são novas para a gente. É inevitável mencionar o sucessos desses aí foram muito marcantes para toda a história e são levados como grandes referências, mas nós nos vemos em muita coisa. Tivemos aí The Kinks, por exemplo. Inspirações dos musicais da Broadway, do MPB, até mesmo da ópera clássica. Essa coisa de contar uma história com formato canções.
KT: A presença feminina deu uma cara ótima ao projeto, de quem foi essa ideia?
Britto: Isso acrescentou a trama da história, mas não foi algo programado, sabe. Nós também tivemos a ajuda do Marcelo Rubens Paiva para a criação e aí veio a ideia de contar uma história sobre jovens na faculdade, retratar a vida deles, a ideia de ter uma festa e acaba que nessa festa ocorre o estupro. Não exatamente focamos nelas como apenas figuras femininas, mas podemos pensar como elas seriam o nosso alter ego feminino. Foi algo muito instigante e desafiador de se tratar.
KT: Quanto a temática, como ela surgiu? Como veio essa ideia das três marias em um cenário mais moderno, ferramentas tecnológicas, uma festa, e tudo mais. E como você acredita que essa história diz algo sobre a atualidade?
Britto: Bem, apesar de ser uma coisa antiga toda essa situação do machismo, infelizmente ainda predomina no Brasil e fora. Ainda bem que as mulheres estão tendo mais espaço para serem ouvidas e graças a Deus, no foco de todos. É claro que fomos muito cautelosos na hora de retratar isso no ópera rock, porque não tomamos a fala de ninguém, mas retratamos personagens ali.
Trabalhar com a arte é poder dar a voz aos personagens é isso que muitas vezes faz a nossa música existir. Ela existe pelos personagens que podemos criar. No caso do show tem não só as personagens femininas, mas aparecem os estupradores como contamos a história de "Me Estuprem", uma música que fala sobre o assédio.
KT: Tem algum momento específico da ópera rock que é seu favorito ou que mais marca?
Britto: Tenho alguns momentos favoritos sim, quando fazemos uma mistura feliz de música e encenação. Nas falas anteriores às músicas. Tem o momento de "Me Estuprem" que aparece ao fundo a menina presa em um aquário e as três meninas de branco se levantando. Fica tudo muito bem resolvido.
KT: Sim, muito bacana! E como você acredita que o projeto engloba um pouco dos elementos do Titãs que já conhecemos e como ele nos apresenta a uma nova cara do grupo?
Britto: Ah, nós sempre tivemos nosso vocabulário, acho que todo artista tem um vocabulário próprio. E nós fomos acrescentando todas essas novidades. Tem músicas com a cara mais anos 1970, outras mais pesadas. Também incluímos muito mais o piano, temos grandes interlúdios com encenações e falas. Isso tudo é novo pra gente!
KT: O Beto e o Mário participaram das composições e da produção desse trabalho com vocês?
Britto: Sim, eles estiveram presente em umas três ou quatro músicas. Mas eles sempre opinam nos nossos arranjos e timbres. Sempre foram muito essenciais e ativos, afinal, ainda somos uma banda!
KT: Por fim, qual concepção você espera que o público esteja tendo com o projeto?
Britto: Eu gostaria que as pessoas se permitissem mais a ouvir e a ver do princípio ao fim como que, dentro do contexto, são sempre mais fortes. Minha expectativa é de terem grandes interesses pelo nosso trabalho, por estarmos experimentando um desafio diferente e esperamos que todo mundo goste!
Britto: Tenho alguns momentos favoritos sim, quando fazemos uma mistura feliz de música e encenação. Nas falas anteriores às músicas. Tem o momento de "Me Estuprem" que aparece ao fundo a menina presa em um aquário e as três meninas de branco se levantando. Fica tudo muito bem resolvido.
KT: Sim, muito bacana! E como você acredita que o projeto engloba um pouco dos elementos do Titãs que já conhecemos e como ele nos apresenta a uma nova cara do grupo?
Britto: Ah, nós sempre tivemos nosso vocabulário, acho que todo artista tem um vocabulário próprio. E nós fomos acrescentando todas essas novidades. Tem músicas com a cara mais anos 1970, outras mais pesadas. Também incluímos muito mais o piano, temos grandes interlúdios com encenações e falas. Isso tudo é novo pra gente!
KT: O Beto e o Mário participaram das composições e da produção desse trabalho com vocês?
Britto: Sim, eles estiveram presente em umas três ou quatro músicas. Mas eles sempre opinam nos nossos arranjos e timbres. Sempre foram muito essenciais e ativos, afinal, ainda somos uma banda!
KT: Por fim, qual concepção você espera que o público esteja tendo com o projeto?
Britto: Eu gostaria que as pessoas se permitissem mais a ouvir e a ver do princípio ao fim como que, dentro do contexto, são sempre mais fortes. Minha expectativa é de terem grandes interesses pelo nosso trabalho, por estarmos experimentando um desafio diferente e esperamos que todo mundo goste!
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