Nothing But Thieves demonstra evolução e maturidade em novo EP



Depois de nos surpreender com Broken Machine no ano passado, o Nothing But Thieves acaba de se superar mais uma vez em seu novo EP, intitulado What Did You Think When You Made Me This Way?. Os meninos acertaram em cheio nas quatro faixas desse novo trabalho, mesclando muito bem o hard rock com o pop rock que os consagrou.

Não há como discordar de que o Nothing But Thieves é uma das bandas de rock mais promissoras dos últimos anos e, não só pelo som original deles, mas pelo talento individual dos integrantes, especialmente do vocalista Conor Mason e do baterista James Price. A química que emana deles, tem resultado em trabalhos cada vez mais criativos e competentes, sendo esse novo EP, um dos maiores passos da carreira deles, musicalmente falando.

Em uma mistura maravilhosa de pop rock e hard rock, com um quê de blues, iniciamos com “Forever & Ever More”, cujo refrão dá nome ao disco. A canção tem um riff muito viciante e uma batida forte, de andamento médio. Como faixa de abertura (e lead single), ela dita bem o ritmo desse trabalho, com um tom desafiador e muito mais imponente do que a banda costuma apresentar, deixando de lado o ar de inocência juvenil que já conhecemos bem.


A segunda faixa “Gods” também chega detonando e logo se posiciona como a melhor do álbum. Enérgica, melódica, com peso na medida certa e, de bônus, uma vibe quase experimental ali no meio, apenas como detalhe para os mais observadores. Os vocais dão um ar de inquietação e raiva, com o instrumental complementando muito bem a proposta. O baixo é definitivamente um ponto a ser destacado, pois Phillip Blake está de parabéns pelo ótimo trabalho.

Trocando peso por groove mas sem perder a energia, seguimos com “You Know Me Too Well”, que novamente abusa do baixo, mas não como propulsor principal, deixando essa função com os vocais, que estão simplesmente fenomenais. A base mais cadenciada deu um feeling mais dançante à canção, nos dando até um certo descanso das duas pauladas anteriores. Para surpresa de muitos, inclusive minha, ainda temos um solo de guitarra, que não acrescenta muita coisa, mas não é nem de longe ruim.

Encerrando no topo, a ótima “Take This Lonely Heart” começa suavemente, mas logo progride e chega em seu ápice, demonstrando uma espécie de liberação repentina de sentimentos. É admirável a forma como a canção oscila entre o desespero dos versos e a revolta explosiva do refrão. Esta é incontestavelmente uma das melhores composições da banda, em termos de progressão e letra.

Os fãs devem ficar muito felizes com o conteúdo de What Did You Think When You Made Me This Way?. Além da produção impecável e o ótimo desempenho dos integrantes, o EP trouxe quatro faixas muito bem construídas, mostrou que o Nothing But Thieves tem muito a oferecer e deixou aberta a porta para o próximo álbum, que se seguir na mesma linha, tem tudo para ser o melhor lançamento deles. Ficamos na espera!

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