Na última sexta-feira (01/3) Ellie
Goulding resolveu começar o mês de março com um retorno um pouco diferente.
Lançou “Flux” e deixou de lado todas as influências eletrônicas que antes a
rodeavam. Como primeiro single de seu quarto álbum de estúdio, ela volta com
sons angelicais e melancólicos.
Mesmo permanecendo no pop,
conseguimos sentir grandes diferenças entre “Flux” e as faixas em que costumávamos
ouvir os tão característicos vocais da cantora. Em sua melodia, é difícil ouvir
algo além do piano e dos violinos. Por conta deles, a atmosfera se torna
triste e suave ao mesmo tempo. Os sons eletrônicos, por sua vez, quase não aparecem, muito
diferente de sucessos de Delirium,
como “On My Mind” ou “Something in The Way You Move”.
Devemos também levar em conta que
se passou um grande tempo entre as produções. O último álbum foi lançado em
2015 e até então, não ouvíamos sobre a artista, a não ser por suas parcerias
com DJ’s como Clean Bandit (“MAMA”) e Diplo (“Close to Me”) que foram
divulgadas no ano passado. Sendo elas ainda no estilo antes utilizado por
Goulding.
Aqui não tratamos de uma faixa com
misturas ou agitação, mas sim algo de aspecto mais angelical e dramático, mais próximo da vulnerabilidade entregue em grande parte do disco Halcyon. Muito sentimento é evidenciado pelos coros feitos da voz da própria cantora e pela mensagem que
passa. Ao invés de um break up song agressivo, o clima é de arrependimento e despedida.
De acordo com uma entrevista sobre um single para o The Guardian seria “sobre
uma pessoa com quem você quase deu certo”. Um amor passado que você não
consegue se desprender. “When the memories pack up and leave, it will set me
free”.
O videoclipe da música foi
lançado no mesmo dia. Ele é de produção simples, também muito diferente daqueles
que ela participou com os DJ’s, mas consegue refletir o clima obscuro da
melodia. Utiliza apenas o preto e o branco, mecanismos como chuva e os olhos
fechados de Ellie Goulding como meios dramáticos. As imagens dela de costas e dançando de olhos
fechados dão até um aspecto sensual que antes não havia.
Depois de um tempo sozinha, como
contado também para o The Guardian, ela parece aproveitar a situação para criar algo novo. "Flux" tem tudo para ser um break up song de sucesso se levarmos em conta a nova onda de hits melancólicos, como é o caso de “Shallow”. A sua letra é, além de tudo, poética, mas não deixa de lado o refrão repetitivo. Levando tudo em conta, nessa nova era já podemos esperar por um clima mais triste e dramático.
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