O cantor Bazzi aproveitou a última semana para lançar não uma, mas duas canções. Na última segunda-feira (01/04) mostrou
ao mundo o single “Caught In The Fire”
e na última quinta (04/04), “Paradise”.
Elas são bem diferentes entre si, mas no geral trazem inovação em relação as
suas antigas faixas. Suas melodias, por sua vez, são carregadas em influência
rap, R&B e pop.
“Caught In The Fire” é a primeira depois de Cosmic, com exceção a regravação de “Angel”, parceria com Camila
Cabello, lançada no meio tempo. Os dois singles são fatos que podem nos abrir a
um possível novo álbum, até pela complexa problemática que os rodeia. Porém,
ainda é muito cedo para se deduzir alguma coisa.
“Caught In The Fire” pode ser resumida como um
verdadeiro protesto. Não traz tanta inovação ao ramo, já que a crítica social
está presente em músicas de diversos rappers. Porém, essa questão muda quando
comparamos aos próprios trabalhos do cantor.
No disco de estreia, podíamos sentir muito mais a presença do r&b e
do romantismo. O que não acontece agora, apenas um pouco em “Paradise”. A produção tem clima dramático, mas é mais
agressiva em todos os sentidos. A atmosfera se torna mais pesada, as batidas
são de instrumentos eletrônicos, repetitivas e descoladas, característica do
próprio gênero.
Os seus versos protestam em
indignação a situação de seus país. Contém referências a política, ao
consumismo e questiona a existência humana. “We let a racist orange man be the
presidente. Ain't that just fuckin' great?” esbanja ousadia ao criticar o governo Trump. A visão de mundo é bem pessimista
na narrativa. Logo em seu título e imagem, já percebemos o nível de fúria. Ele
acabou pensando de mais, até chegar ao ponto de ficar com a cabeça “em chamas”.
O artista também se identifica na
música. Fala sobre a sua carreira e seu problema com a depressão quando canta “I
bought a Bentley, still feel pathetic”. A música como um todo é bem crua, selvagem e honesta. Mostra que mesmo depois de conquistar a
fama, o dinheiro e tudo o que sempre sonhou, não se sente feliz. Por isso, não
vê sentido na vida e no modo como vivemos.
A letra se mostra muito direta e assim, entra em sintonia perfeita com o ritmo. O seu refrão é mais
pop, mas não ouvimos instrumentos de corda para suavizar o clima. Ele é sempre
agressivo e crítico, as vezes até ofensivo. O conjunto nos faz questionar as
ações, os desejos e as decisões de quem o ouve.
A temática muda totalmente quando
escutamos o segundo lançamento. Como já dito, a música tem características mais
parecidas com as faixas de seu debut álbum.
“Paradise” é mais sensual e romântica.
Volta a falar sobre casais, a atração física e curtição. Aqui, ele não se
importa em pensar na vida ou no futuro, apenas quer curtir o momento. Com os
vocais mais angelicais ele canta, “This is our life and we're living it well. Late
nights in the city causing hell”. Os
versos talvez passem outra ideia, por ser destinada a trilha sonora do filme The
Sun Is Also A Star, que estreia no dia 11 de agosto desse ano.
“Caught in The Fire” é, definitivamente, uma faixa para a reflexão.
Enquanto “Paradise”, destinada a
distração. São dois opostos que de certa forma se complementam. Após pensar
muito, o artista só procura por diversão. O que, nesse caso, ele encontra no
amor. Se um novo álbum está por vir não sabemos, mas se estiver, tanto a ideia
que irá passar quanto a melodia irão se diferenciar e circular
entre dois tipos de som: o rap e o R&B.
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