Carly Rae Jepsen lançou, na última sexta-feira (17/05), seu novo álbum de estúdio, Dedicated, que vinha com a difícil missão de superar ou, pelo menos, equiparar-se ao memorável EMOTION, sucesso absoluto de críticas e queridinho dos amantes de música pop. Será que ela conseguiu atender as expectativas?
É difícil dizer em curto prazo se a aclamação terá o mesmo peso do álbum anterior, mas não demora muito para que você esteja completamente envolvido e cativado pelo clima de Dedicated. Mantendo-se pop e pesando ainda mais nos sintetizadores, Carly consegue entregar um material mais coeso e maduro - e dificilmente você conseguirá resistir a dançar com pelo menos uma canção.
Abrindo o álbum, “Julien” é um exemplo perfeito do que ouviremos pela frente. É leve, porém intensa - basicamente, um resumo de tudo apresentado no álbum. As seguintes, já liberadas antes, “No Drug Like Me” e “Now That I Found You” são, facilmente, pérolas entregues por Carly. É quase como uma fórmula de como uma música pop deveria funcionar - o que sempre nos faz questionar a razão d’ela não ser mais popular.
O resto do álbum segue a vibe dançante, te levando a momentos de puro êxtase e momentos de lágrimas - mesmo que você esteja chorando enquanto dança. “Happy Not Knowing”, “Too Much” e “Right Words Wrong Time” são os auges do álbum, nos fazendo viajar pela montanha-russa de sentimentos que Carly traz.
A dedicação explicitada no título do álbum também sintetiza a temática lírica do álbum: o sentimento de dedicar-se à alguém. Todas as canções flertam com os altos e baixos do amor e até da própria autoestima, finalizando com o primeiro single “Party For One”, que não poderia ser melhor para encerrar o trabalho. É a mensagem de festejar, mesmo que sozinha. O importante é não arrepender-se de dedicar-se sempre.
E é isso que ela nos entregou. Dedicated é como uma história, contada do início ao fim mantendo-se fiel à sua mensagem e sua sonoridade. Ele é, então, mais elaborado e coeso que o álbum anterior. Apesar de sentir falta das baladas (sabemos apenas por “All That” e “Roses” que ela é capaz de entregar baladinhas fatais), o conceito do álbum não abre espaço pra isso - e ela soube utilizar isso de forma extraordinária.
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