Recentemente, a nossa bandinha Lagum lançou o segundo álbum Coisas da Geração. Muito bem recebido pelo público, o lançamento faz uma viagem por vários sentimentos, inclusive a saudade, raiva e alegria, mas sempre com uma perspectiva da nova geração. Aproveitamos o momento para bater um papo com o vocalista Pedro Calais, que nos contou tudo sobre o disco.
Confira a entrevista na íntegra:
KT: O álbum de estreia de vocês, Seja O Que Eu Quiser, foi lançado em 2016, e desde lá, muita coisa mudou. Quais são as principais diferenças do Lagum atual para o daquela época?
Pedro: Estamos um pouco mais maduros agora, tanto no processo de composição quanto no de produção da música. O mais importante é que estamos alinhados e respeitando a ideia do outro.
KT: Quais foram os maiores desafios na produção do novo disco que não enfrentaram no primeiro álbum?
Pedro: Muitas músicas, um conceito para amarrar e um público maior e mais crítico.
E tem alguma história no estúdio ou dos bastidores do álbum em geral que seus fãs ainda não sabem?
Pedro: HAHAHAHA, que pode contar não, risos!
KT: Nesse álbum, é nítido que a mistura de sons é bem variada. Como vocês definiriam a musicalidade do disco e quais foram as principais inspirações para se espelharem nesse som?
Pedro: Usamos o recurso de playlist na plataforma digital que uso e lá eu jogo de tudo, pagode, funk, reggae, pop, rock, tudo, tudo, tudo. E muitas pessoas escutam de tudo ao mesmo tempo. Porque playlist é isso, você vai jogando o que você gosta lá. E acaba que a gente é muito influenciado por isso sabe? Ninguém aqui é preso a um só estilo ou a um só artista. Então acaba que o disco saiu assim, as nossas influências são múltiplas. Essa é a parada, a gente não define para poder fazer o que a gente quiser.
KT: Quais faixas foram as mais complexas no processo da criação? Por que?
Pedro: “Raggae Bom”, “Se For Pra Ser” e “Coisas da Geração” foram bem difíceis. A gente fez e refez várias vezes. É porque foram músicas que a gente testou aí não dava certo de uma maneira e tentávamos de outras maneiras até chegar onde queríamos.
KT: Como foi que rolou a parceria como Jão? Vocês já tinham ele em mente ou foi algo mais inesperado? Como foi essa conexão no estúdio?
Pedro: Foi inesperado. Ele nos chamou para um trampo dele e começamos a compor juntos até então. E aí como estávamos em um processo de produção do nosso álbum a gente mostrou para a produtora, aí a gente inverteu o convite, né. Como ele tinha convidado a gente para o trabalho dele, a gente falou “ou, essa música que a gente fez não dá para entrar no nosso álbum não? ”, (risos). “O que que cê acha? ” Aí ele topou e veio pra BH. Já tínhamos iniciado o processo de produção da música, ele veio, gravou a voz, deu os pitacos dele, e no final todo mundo saiu feliz!
KT: Por que vocês decidiram dar o nome do álbum de “Coisas da Geração”? E como vocês acham que ele representa a nossa geração atual?
Pedro: Nome do álbum veio com a música “Coisas da Geração”, quando a música entrou ela meio que deu uma clareada nos pensamentos e amarrou o conceito inteiro. Tipo, essa música veio para isso: para amarrar o conceito e representar a geração atual. E mesmo que a nossa geração não seja das pessoas que nasceram tipo em 96, ela representa as pessoas que estão vivendo agora e usando os recursos que a gente tem agora. É uma era de muita informação e acaba que a gente vai tendo os mesmos reflexos e o álbum se trata disso, dessa geração.