O Lollapalooza nem sempre foi um festival que exalou representatividade. Porém, esse ano com um line-up rico em gêneros musicais para todos os gostos, ele inaugura mais uma edição que surpreende pela diversidade no próximo mês, nos dias 3, 4 e 5 de abril. Desta vez, a música urbana vem com ainda mais força, tanto no cenário nacional, quanto no internacional.
O que mais predominava nas primeiras edições do evento eram as bandas de rock e pop alternativos, mas o cenário passou a mudar nos últimos anos. Em 2016, já começamos bem quando presenciamos o show de Eminem. Devido ao sucesso e aceitação do público, a partir daí as atrações de rap e hip hop não pararam de aparecer, e com grande força. No ano seguinte, contamos com a presença até de dois grandes nomes nacionais: Criolo e Haikaiss, que arrasaram no festival.
A representatividade da música urbana se tornou tão
grande que agora é de costume ter um rapper como headliner. Ano passado pudemos prestigiar o sucesso do premiado Kencrick
Lamar em terras brasileiras e em 2018 o lineup
contou com Wiz Khalifa. Agora, em 2020, seremos agraciados pelas rimas de Travis
Scott, rapper que constrói diferentes cenários e realidades para cada álbum, que
em sua maioria giram em torno da temática das drogas e ostentação, tudo também pautado
em relações amorosas, críticas e reflexões sobre a vida.
Outra grande atração do gênero é o grupo Brockhamptom. Os seus integrantes bi raciais tendem mais para o lado do
hip hop e falam de suas angústias em relação ao mundo. O grupo promete ser uma das mais promissoras revelações do Lolla desse ano.
Trazendo tudo mais próximo à nossa realidade, ainda teremos ótimos nomes nacionais para essa edição, como Djonga,
Emicida e Rashid, que decidiram tornar críticas sociais belas canções.
Os primeiros citados talvez sejam os que produzam de forma mais aparentes. A luta
negra e desigualdade social são os assuntos mais discutidos e relembrados por
eles. Mostra situações que membros das classes mais baixas brasileiras tem de enfrentar
diariamente. Por isso, o tamanho de sua importância. Além de
abrir os olhos do público ainda tem o poder de denúncia, principalmente em meio
a um festival elitizado e de entradas de valores tão altas.
O mais interessante é que a representatividade não vem se
limitando apenas ao rap e hip hop esse ano. Ainda teremos grandes nomes do funk
como Ludmila, PK, Kevin O Chris e MC Tha, trazendo ainda mais do som popular e
cultura brasileira moderna.
2020 talvez seja o ano com maior representatividade no
Lollapalooza até agora. Essa edição contará com o um número notável de música urbana e visibilidade negra, e por conta disso, temos certeza que o sucesso será certo!
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