Bring Me The Horizon promete te conquistar com a atmosfera agressiva e experimental do EP "Post Human: Survival Horror"

Chegou! O tão aguardado novo EP do Bring Me The Horizon está entre nós. Post Human: Survival Horror nasce às margens do caos que se instalou em 2020 com a pandemia e isolamento social. Em uma sonoridade extremamente substancial às raízes da banda, porém com ganchos modernos, a banda traduziu perfeitamente a ansiedade desse momento em uma adrenalina visceral incomparável.

O projeto é o primeiro de uma série com quatro EPs que abordará o declínio da humanidade em diferentes temas. Em Post Human: Survival Horror, Bring Me The Horizon faz seu próprio protesto aos dias angustiantes vividos durante essa quarentena. Tudo é embalado com um som bem mais pesado que resgata as raízes da banda, mas com leves lembranças do eletrônico apresentado na era amo.

Logo na faixa de abertura, "Dear Diary", Oli pega todo mundo de surpresa com o screamo que os fãs tanto pediam e sentiam falta, acompanhado de um thrash metal que cala qualquer um que ainda achava que a banda estava se entregando ao pop. A partir daí, Bring Me The Horizon explode versatilidade do começo ao fim, indo do punk ao trance rock até o metal. 

Foi muito interessante ver a banda mostrando uma criatividade menos ríspida nos últimos álbuns e mais comercial, mantendo a qualidade. Foi aí que o BMTH manteve seu legado a cada novo álbum, se renovando e conquistando novos públicos, o que é um super desafio para vários artistas. Mas esse ano pedia por um projeto mais pesado como Post Human: Survival Horror. 

E nesse EP a banda mergulhou de cabeça em uma atmosfera agressiva e experimental que ganha ainda mais força com os convidados especiais que aparecem: YUNGBLUD, BABYMETAL, Nova Twins e Amy Lee, o que torna o projeto mais acessível e de maior alcance.

Post Human: Survival Horror exalta mais uma vez o som catártico e sem limites do Bring Me The Horizon. Um projeto real, cru, sombrio, sincero, mas extremamente coeso. É admirável ver tamanha evolução do grupo, que parece se superar a cada novo passo da carreira, tudo de um jeito muito natural e fiel à sua essência.