Um dos artistas mais prestigiados da cena alternativa, Mike Milosh está preparando uma era promissora para seu projeto Rhye. Incluindo os singles “Black Rain”, “Beautiful” e “Helpless”, o novo álbum de estúdio do cantor, intitulado Home, está previsto para janeiro de 2021 e promete nos encantar mais uma vez com seus arranjos e sintetizadores tão singulares. Para falar um pouco mais do disco e desse atual momento da carreira, Mike bateu um papo com a gente bem legal, onde ele nos revelou várias curiosidades e detalhes desse aguardado projeto.
Confira a entrevista na íntegra:KT: Como você descreveria seu som para alguém que está te conhecendo agora?
Rhye: Eu acho que faço música que pega um pouco de cada gênero que gosto. Por exemplo, eu amo música clássica, R&B, Motown, Hip Hop e eletrônico experimental. Então, eu pego um pedacinho de cada um desses estilos e junto tudo para me apoiar nos vocais.
KT: Da onde surgiu a ideia por trás desse próximo álbum, Home?
Rhye: Bem, eu tive a ideia do título "Home" (pt: "Casa") antes de toda a loucura da pandemia, então foi bem estranho porque tudo se encaixou depois. Mas basicamente, eu comprei uma casa com minha namorada Geneviève, e foi a primeira vez que eu decidi estar em um único lugar. Porque eu vivi uma vida nômade nos últimos dez anos, viajando constantemente, fazendo shows ou vivendo em cidades diferentes. Foi o primeiro momento que eu pensei: "eu quero ter um lar". Eu queria um lugar mais permanente, para eu focar e ter mais criatividade.
KT: Tem algum elemento no disco que você considera especial?
Rhye: Para mim, foi ter um coral de garotas dinamarquesas. Foi muito importante. Elas estão na Intro, Outro e outras duas músicas. Mas eu já havia feito um show com elas na Dinamarca três anos atrás e foi uma das noites mais especiais da minha vida. Então, eu trouxe o coral para o álbum e usei isso de um jeito meio clássico. E, em termos de produção, devo citar também que é especial a vibe meio setentista do álbum, mas que soa moderno ao mesmo tempo. Ficou bem fluído. Spirit foi um projeto mais delicado guiado pelo piano. Esse tem mais altos e baixos.
KT: O que mais te tirou da zona de conforto no processo criativo do álbum?
Rhye: Com certeza, foi o coral. Realmente é um risco pensar que se pode fazer música para mais 60 vozes. E deu certo no final. Quando eu cheguei no estúdio, elas arrasaram na primeira música em 5 minutos e gravamos direto. Foi muito desafiador, mas foi incrível fazer isso!
KT: Eu preciso comentar que vi nas redes sociais também que você andou trabalhando com o Diplo. O que podemos esperar dessa parceria?
Rhye: Eu e ele fizemos muitas lives em que ele fazia um set de DJ durante a quarentena. Tiveram algumas que bateram até 400 mil views e foi insano. E acabamos fazendo juntos uma música mais ambiente que está no álbum dele MMXX. Agora eu e o Diplo estamos trabalhando em uma pegada mais Dance Music. Estamos nos encontrando agora e fazendo algumas músicas assim que estão ficando bem dançantes. Elas são mais explosivas e bem divertidas.
KT: E para finalizar, quais são seus principais objetivos com essa nova fase da carreira em 2021, principalmente depois do ano que tivemos agora?
Rhye: Pessoalmente, o que eu mais quero é fazer turnê e tocar ao vivo. Eu estou com dedos cruzados para que dê certo. Já temos alguns shows agendados em abril e eu quero fechar mais. O mundo é muito louco e nem sabemos se vai acontecer, mas esse é meu maior objetivo. Também tenho alguns outros sonhos. Esse ano fiz a trilha sonora de um filme e amei. Então, quero fazer mais disso. Tem muitas coisas, mas tocar ao vivo é minha prioridade.
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