Dotado de um som atmosférico e catártico, o duo argentino Inmigrantes impressionou a todos recentemente com o lançamento do novo álbum, America. O disco apresenta um indie rock imersivo com nuances sensoriais que encantam logo no primeiro play. Após terem nos conquistado com esse lançamento, aproveitamos para bater um papo com os integrantes Pablo e Carlos Silberberg sobre todo o processo criativo do álbum, além de curiosidades exclusivas e revelações sobre o que planejam para o futuro.
Confira entrevista na íntegra:
KT: Em America, vocês exploram o belo e o misterioso em um só lugar. Vocês podem explicar um pouco como essa dualidade conceitual se aplica ao álbum?
Inmigrantes: Em toda a nossa carreira, tentamos buscar algo que chamasse a atenção, deixasse as pessoas curiosas e despertasse desejos. America traz um pouco disso, com atmosferas mais complexas e lúdicas. O disco está carregado de imagens que vieram de sonhos e de viagens também. Queríamos ir além com essas sensações.
KT: Qual foi o maior desafio e os melhores momentos durante o processo criativo do álbum?
Inmigrantes: Gravar um disco se trata de registrar momentos frescos, de muita espontaneidade. Esse foi um álbum que não teve muita manipulação e direção no processo. Foi muito natural. Entramos para gravar, todos os músicos, e esse foi um grande desafio, porque nunca trabalhamos dessa forma. E uma parte muito especial foi poder gravar com o produtor, amigo e irmão, Ettoré Grenci, que também trabalhou com a gente no álbum de estreia.
KT: Qual música mais te emocionou durante a produção? Por que?
Inmigrantes: Eu sinto que "Cenit" foi a música que nos deu segurança e mostrou que estávamos seguindo para o caminho que queríamos. A música fala do sol que não tinha tanto brilho, mas a partir do momento que houve um zênite solar, se posicionando mais ao alto, tudo foi se formando com maior nitidez.
KT: Comparado ao seu trabalho anterior, como você acha que America representa a evolução musical da banda?
Inmigrantes: A diferença de America para os outros é que nos concentramos muito mais na parte da composição. De certa forma, nos libertamos um pouco mais da produção para focar totalmente em compor. Essa foi a maior evolução em que nos encontramos.
KT: Agora que a America está entre nós, qual é o principal objetivo da banda para este momento dos Inmigrantes?
Inmigrantes: O principal objetivo agora é que chegue no máximo de pessoas possível, que as pessoas escutem e viagem com a gente. Infelizmente estamos nessa situação pandêmica, mas temos muita vontade de voltar a fazer turnês também. Queremos enventualmente ir a todos os países e cidades possíveis para apresentar o álbum. Tocar ao vivo é a parte que mais gostamos de fazer música.
KT: E ouvi dizer que vocês estão preparando mais dois álbuns totalmente diferentes. Vocês podem me falar um pouco sobre o que podemos esperar deles?
Inmigrantes: Não podemos adiantar nada muito concreto, porque ainda é um mistério. Mas, um dos discos em que estamos trabalhando será bem diferente e inesperado. Mas vocês vão ter que aguardar!
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