O produtor e DJ Scorsi é um dos artistas que mais está agitando a música eletrônica no Brasil no momento. Ele é um dos artistas mais requisitados para remixes no país, já tendo assinado faixas para Alok, Tropkillaz, J Balvin e muito mais. Recentemente, ele nos surpreendeu com o eletrizante single “You Don't Know”, que leva um som autêntico que o próprio Scorsi adotou como "Porrete". Com tanta acontecendo na carreira do DJ, tivemos que bater um papo com ele sobre isso tudo e ele revelou vários detalhes e curiosidades que a gente nem imaginava.
Confira a entrevista completa na íntegra:
KT: Com o lançamento de "You Don't Know", nasceu também o gênero para essa música que você nomeou de "porrete". O que você tinha em mente durante o processo de criação desta música?
Scorsi: Na verdade eu não tinha muita coisa. Foi super espontâneo. Eu fiz algumas lives produzindo músicas do zero, no começo da pandemia, e sempre brincava com o estilo do dia. A história do porrete foi uma piada por ser algo mais impactante. Foi uma tentativa de abrasileirar o basshouse. Isso vazou da live para grupos de whatsapp, e acabou “apadrinhando” essa invenção. Eu já lancei algumas pela minha gravadora e já tenho mais 5 agendadas para o ano que vem, inclusive mais algumas de outros artistas. O legal que estamos criando um movimento com isso, e cada vez mais artistas estão fazendo esse tipo de som. A minha gravadora, RushPuppy Records, já tem calendário até julho de 2021, 99% é porrete.
KT: "You Don't Know" provavelmente entrou na playlist de final de ano de muitas pessoas para festejar a virada do ano. Quais músicas mais te marcaram em 2020?
Scorsi: Além da "You Don’t Know", "Drunk Talk", que é a minha queridinha desse ano. E de outros artistas, "Falling" do Flakke, "Waste Your Time" do Zerb, o álbum da Lady Gaga e o álbum do Bring Me The Horizon. Mistureba né? Gosto assim.
KT: Durante a pandemia você aprendeu algo novo que gostaria de focar e praticar mais em 2021?
Scorsi: Aprendi a comer mais (risos). Mas não creio que isso seja bom. Mas eu também aprendi a utilizar melhor a energia pra me tirar da zona de conforto. Meu workflow melhorou, processo diário, e eu passei a focar mais em ideias do que execução. Tanto nas músicas quanto nas ações em volta delas.
KT: Você já fez remix para grandes artistas como Alok, J Balvin, Tropkillaz. Quais parcerias você deseja para o futuro?
Scorsi: Depois dos remixes que eu fiz para o Alok, foi uma enxurrada de colaborações. E até hoje isso continua. Tenho uma música pronta com Tropkillaz, mais alguns remixes para artistas internacionais, e colaborações com outros artistas aqui do Brasil. Eu gosto de trabalhar com artistas de diferentes estilos, acho que sempre sai algo inusitado. Toparia algo com o Vintage Culture, por exemplo, e indo além, Skrillex (sonho master).
KT: Há planos de lançamento de álbum para o próximo ano?
Scorsi: Álbum é uma coisa que sempre tenho lá no fundo da mente. Mas por hora, eu tenho feito as músicas de acordo com cada momento que estou vivendo. Acho que eu preciso realmente decidir fazer um, parar, e escrever na sequência.
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