“Injustiça em qualquer lugar é uma ameaça à justiça em qualquer lugar”.
É com a frase do ativista Martin Luther King que Justin Bieber abre seu sexto álbum de estúdio, Justice. Após diversas críticas ao álbum Changes (2020), a estrela canadense retorna às paradas musicais com um trabalho mais maduro. O disco conta com 16 músicas incluindo “Holy”, “Anyone”, “Lonely” e “Hold On” já conhecidas pelo público e diversas colaborações com nomes como Chance The Rapper, Benny Blanco, Daniel Caesar, entre outros.
"Em uma época em que há tanta coisa errada com esse planeta destruído, nós todos buscamos cura e justiça para a humanidade. Criando este álbum, meu objetivo é fazer música que vai oferecer conforto, canções com as quais as pessoas possam se conectar e se sentir menos sozinhas. Eu sei que eu não posso simplesmente resolver a injustiça fazendo música, mas eu sei que se todos fizermos nossa parte usando nossos dons para ajudar o planeta e aos outros, vamos ficar mais perto de estarmos unidos. Esse sou eu fazendo minha pequena parte. Eu quero continuar a conversa sobre o que é a justiça para que a gente continue a se curar", afirmou Bieber ao anunciar o álbum em fevereiro deste ano.
As músicas românticas são maioria no projeto como “2 Much”, “Deserve You” e “Off My Face” e é possível notar que as composições foram escritas em diferentes momentos da vida do cantor. Os problemas passados por ele como o uso de álcool, drogas e doenças psicológicas são temas recorrentes no disco. Em “Unstable”, que também conta com os vocais de The Kid LAROI, Bieber fala sobre problemas com ansiedade: "Houveram momentos que eu nem conseguia respirar/ Mas você nunca me abandonou nem uma vez". Em “Hold On”, o cantor afirma que “sabe o que é ser alguém que perde o rumo” e em “Lonely”, produzida por Finneas O'Connell e Benny Blanco, fala sobre se sentir sozinho, apesar de toda a fama e dinheiro que possui.
O R&B que figura nos trabalhos de Bieber desde o álbum Purpose (2015), também está presente em Justice em faixas como “As I Am”, que conta com a participação do cantor Khalid, na ousada “Peaches” com Daniel Caesar e Giveon, entre outras, mas divide espaço com elementos da música pop e da house music como em “Die For You”, parceria com Dominic Fike.
As colaborações não ficam apenas nos vocais e aparecem creditadas nas produções com o grupo The Monsters & Strangerz ("Anyone", "Ghost", "As I Am" e "Love You Different") e o DJ Skirillex, conhecido pelo gênero dubstep retoma a parceria com Bieber, o que já havia acontecido no single "Where Are Ü Now" (2015), nas faixas “Somebody”, “Love You Different” e “Loved By You”. As duas últimas ainda contam com a presença dos músicos BEAM e Burna Boy respectivamente. Louis Bell que já trabalhou com Post Malone no hit Circles (2019) e Andrew Watt, vencedor do Grammy 2021 na categoria de “Produtor do Ano, Não-clássico”, assinam a produção de “Die For You”.
O projeto ainda conta com a interlude do discurso do ativista Martin Luther King sobre injustiça e Bieber afirmou em sua conta no Twitter que irá apoiar financeiramente organizações que lutam por direitos civis como o “The King Center”.
Com Justice, Justin Bieber mostra o que sabe fazer de melhor e entrega um álbum que merece ser ouvido no repeat e com orgulho pelos fãs. O cantor ainda divulgou junto ao lançamento do álbum o videoclipe para a música “Peaches” com Daniel Caesar e Giveon. Confira:
Escrito por: Thais Vieira
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