“Limpa, limpa. Limpa, limpa tudo. Limpa todo ódio coletivo, limpa!”. Karol Conka fez dessa frase retirada de seu documentário um mantra para buscar sua volta por cima. “Dilúvio”, o primeiro lançamento da rapper curitibana, que por ironia do destino já estava quase finalizada antes de sua entrada no BBB, é o reflexo que Karol precisa ver no espelho após ter a negativa experiência de sofrer 99,17% de rejeição.
Assim que o jogo acabou para a cantora, uma coisa era certa. O Brasil todo gostaria de saber qual seria seu próximo passo para recuperar sua imagem, seguidores e parcerias. A primeira resposta foi o documentário, A Vida Depois do Tombo, que nos mostrou o baque dos primeiros meses pós confinamento.
A próxima etapa era reconquistar o legado de sua carreira musical. “Dilúvio”, que já estava escrita desde 2020, foi a oportunidade certa pela busca de redenção da cantora. Com apenas alguns ajustes na letra, e inserção da melodia, a faixa se torna um novo mantra para a própria Mamacita: muita calmaria e palavras encorajadoras de que essa fase um dia vai passar.
A artista encerrou seu arco de redenção ao estrear a música ao vivo na final do BBB21, querendo mostrar que aprendeu com os erros do passado e vem mudando desde então. O próprio videoclipe de “Dilúvio” simboliza isso: tons leves, cenas da cantora num rio barrento, dando a impressão de que ela está se purificando, e, o mais importante, o cômodo que estava um caos no início do clipe termina totalmente organizado.
Assim como aquele quarto bagunçado, Karol Conka precisou botar ordem dentro de casa, ou melhor, de sua cabeça, para que tempos de calmaria possam vir. É "só mais um dia de luta".
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