Sucesso no piseiro, Mari Fernandez lança EP "Pra Lascar o Coração"

Apesar de ter apenas 4 meses de carreira, Mari Fernandez já é um sucesso. Considerada a “Rainha do Piseiro”, depois de emplacar o hit “Não, Não Vou”, a cantora lança agora seu mais novo EP: Pra Lascar o Coração. Em uma coletiva de imprensa, Mari deu detalhes do projeto e de sua carreira.

Pra Lascar o Coração possui três faixas inéditas, dando sequência ao álbum Piseiro Sofrência. “Eu participei praticamente de tudo. Uma das músicas, 'Saudade Carinhosa', é composição minha. Mesmo com a correria da ‘Não, Não vou’, de estar em programas de TV, de dar algumas entrevistas, eu fiz questão de compor alguma música para o projeto”, diz Mari.

Segundo a cantora, o EP tem como tema principal as fases de um relacionamento. “As músicas contam uma história. Começa quando a pessoa tá realmente muito iludida, tá amando muito por duas pessoas. Aí ela entra na fase do sofrimento e também percebe que o que ela tá sofrendo agora, a outra pessoa vai sofrer depois mais ainda. Aí vem então a superação, que é quando ela entende que aquilo não era bom o suficiente para ela, que não era bom o bastante”.

O diferencial para a artista nesse trabalho foi poder interpretar de fato as suas canções e passar seus sentimentos por meio da voz. Ela relata que gravou as faixas de acordo com suas emoções e cita como exemplo “Marionete”, na qual canta a letra como se estivesse bebendo e sofrendo.

Perguntada pelo Keeping Track a respeito da influência do EP em seus próximos projetos, Mari pontua sua evolução como artista. “Nesse EP eu até posso dizer que as músicas estão melhores do que no primeiro álbum. Eu realmente entreguei todo o meu sentimento nesse EP e eu acho que é isso que eu quero buscar para os próximos lançamentos. Que sempre venham melhor”.

A cearense adianta que, por mais que seu estilo seja caracterizado como “sofrência”, ela é extremamente eclética e pretende inovar em seu trabalho. “Eu sempre falo que eu não quero me limitar. Vai vir uma música minha com DJ Guuga, então vocês podem esperar um funk, podem esperar bastante coisa aí. Vai vir muito trabalho, não só no piseiro”.

Inclusive, Mari revela que, por não se prender a um único gênero, ela tem inspirações diversas no mundo da música. “Desde o Alceu Valença até a Marília Mendonça e DJs como Alok. Eu gosto de consumir a música de verdade, tanto é que eu gosto de estar dentro de estúdio, ouvindo o que a galera está produzindo. Amo compor, escrever, tocar, e em quase todos os estilos eu tenho uma grande inspiração para citar o nome”.

Ela confessa que uma parceria com Marília Mendonça seria um sonho e brinca que “o Brasil não está preparado ainda para isso não, pensa na sofrência, ia ser pesada”. Além de Marília, Mari cita Gilberto Gil como ídolo. “Eu escuto muito as músicas dele, então acho que seria algo totalmente fora do meu gênero e iria me engrandecer muito, ficaria lisonjeada de ter uma oportunidade dessas”.

Outro assunto abordado foi os shows. Mari declara que é chorona e que provavelmente irá se emocionar quando voltar aos palcos. Ela conta que, por ser “apegada a Deus'', antes de suas apresentações, sempre faz uma oração com sua banda e equipe.

A cearense respondeu ao Keeping Track sobre sua relação com a música gospel, manifestando uma paixão pelo gênero ao mencionar sua crença. “Eu passei por uma fase de muita dificuldade, pensava em desistir um pouco...eu tenho uma tatuagem que diz ‘tudo tem seu tempo’, uma tatuagem que poucas pessoas sabem e eu pensava que tudo tem um tempo certo. Acho que Deus me preparou muito para isso’”.

Mari ainda relembra na coletiva sua trajetória com a música. A artista começou a cantar com cerca de 7 anos de idade, tanto na escola, como na igreja e até em frente ao espelho. “Hoje me ver com 20 anos e com essa proporção é um sentimento de muita gratidão, muito respeito e muita responsabilidade, de dizer ‘cara, quantos artistas que têm anos de carreira não queriam estar aqui e infelizmente não tiveram a oportunidade ainda’ e quantos amigos meus eu não tô representando(..).Eu tenho só 20 anos, imagina o que eu vou viver quando eu tiver 30. Meu sonho não começou 4 meses atrás. 4 meses atrás começou minha carreira”, finaliza.