A escalada de Elana Dara na cena musical continua cada vez mais efervescente. A curitibana que já conquistou uma legião de fãs em seus últimos singles agora está pronta para ir ainda mais longe com a faixa “amor não eh pra mim”, em parceria com Vitor Kley. O lançamento traz todo o apelo sentimental já inerente de sua discografia e, sem dúvidas, abre portas para uma Elana ainda mais madura. Aproveitando a novidade, batemos um papo com a cantora para saber de tudo desse novo single.
Autodidata, ela começou na música muito jovem, aos oito anos, quando comprou seu primeiro violão. Anos depois, Elana já ganhava notoriedade com seus covers na internet. Hoje, aos 21 anos, a cantora já vem se consolidando com seu trabalho autoral e a entrega visceral de “amor não eh pra mim” soa como um verdadeiro divisor de águas para a cantora. Parece que cada degrau de sua carreira foi estruturado para que ela conseguisse chegar aqui em sua melhor versão.
"A cada lançamento eu evoluo muito e acho que “amor não eh pra mim” está em um ponto que consigo perceber que tá tudo tão maduro, bonito e muito sério. Todo mundo que está trabalhando comigo sempre estão mirando na melhor qualidade possível. Eu estou escutando muita música, estudando muito, para que cada vez mais minhas músicas sejam mais inteligentes, gerem mais identificação e sejam mais sinceras", confessou ela.
Ao lado de Vitor Kley, Elana Dara encontra uma sinergia sem igual e encara decepções amorosas de forma intensa e genuína. Entre versos crus, diretos e uma dramaticidade orquestral, Elana Dara mergulha em uma melancolia flamejante que ecoa de forma rebelde e conformada na bilhante produção de Pedro Peixoto. Essa construção foi determinante para um novo lado da música da cantora.
“Todos os lugares que caminhei ainda tem muito a ver comigo, mas quando estou fazendo uma música eu tenho uma tendência natural de ir mais para o lado acústico, pois foi dessa forma que eu comecei a me apaixonar pela música. Por mais que eu tenha chamado atenção, na internet tocando só um violão, com a minha voz, acho que transito muito bem em meio a baterias, guitarras, violões. Preciso valorizar mais tudo isso, mas pra mim foi muito necessário ter passado por todas as outras músicas, ter testado estilos”, desabafou.
Essa é uma nova faceta da música de Elana Dara, que traz agora um pouco daquele pop rock carregado em sentimento que tanto ouvimos na década de 2000. "Essas bandas foram totalmente minha formação. Poder colocar isso hoje tão descaradamente na minha música, sem ser só um toquinho de referência, acho que faz com que seja cada vez mais sincero. Ainda, óbvio, sem deixar de conversar com o atual, pois tem muita qualidade em tudo que está rolando", contou ela sobre se inspirar em suas raízes mais nostálgicas.
Aliás, falando em nostalgia, a música foi escrita em poucas horas em um insight criativo após ouvir o disco 100%, do Charlie Brown Jr. Segundo ela, foi uma grande inspiração para a letra de “amor não eh pra mim”, mas também se conectando com uma temática semelhante de desilução amorosa que já tratou em seu hit “Ninguém dá certo cmg”.
E o mais curioso é que inicialmente Elana não tinha Vitor Kley em mente para a parceria. Mas há um verso da música que chamou a atenção dela para que isso acontecesse. "Me veio essa frase que eu falo 'o sol nascendo ao contrário'. E é muito interessante, pois a música que fez todo mundo conhecer o Vitor foi o 'O Sol' e ele sempre cantou muito sobre o amor, daí eu chamo ele para cantar uma música chamada 'amor não eh pra mim', com essa frase que mencionei. É como se fosse tudo ao contrário do que ele canta", refletiu ela.
Após uma troca de mensagens, Vitor adorou a ideia e quis entrar logo de primeira. A parceria não poderia ter dado mais certo. O equilíbrio acústico do cantor trouxe uma tranquilidade absurda para a faixa, que mesmo gravada a distância, transmite uma proximidade e uma química muito singular. "Acho que gravar com o Vitor é uma experiência que eu gostaria que todas as pessoas pudessem ter, pois faz a gente se conectar muito com a música, com o que ele quer dizer. Eu senti uma conexão muito mais massa, muito diferente, ele é muito iluminado", completou.
O lançamento ainda veio acompanhado de um videoclipe dirigido por Federico Devito, com várias referências do cinema, mas de uma forma desconstruída. Elana e Vitor protagonizam clichês de amor perfeito e alma gêmea que as grandes telonas idealizam há anos.
Com a chegada deste mais novo single pela Warner Music Brasil, Elana agora se prepara para colocar na rua seu próximo trabalho: o tão sonhado primeiro EP, um projeto que ela vem pensando há muito tempo e atualmente está em fase de finalização. O projeto foi todo pensado como uma obra única, coesa e conceitual. "Como nunca havia feito um EP ou álbum, eu não havia feito mais de uma faixa de uma vez. Está sendo minha melhor experiência na música, na questão produção, pois é muito imersivo. Um spoiler que posso dar é que vamos continuar nessa temática, levando o amor de uma maneira não convencional, com títulos muito identificativos", adiantou a cantora.
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