Para Lauren Alaina, seu mais novo álbum, Sitting Pretty On Top Of The World, lançado neste mês, representa cura. Sendo o terceiro disco de estúdio da cantora, o projeto possui 15 faixas, nas quais a artista reflete e desabafa sobre sua vida. Em entrevista ao Keeping Track, ela contou tudo sobre a fase atual de sua carreira.
Lauren é, essencialmente, uma cantora country. Hoje em dia, ela enxerga uma mudança no gênero, que está se expandindo e englobando outros estilos. Isso se refletiu diretamente na sonoridade de seu novo disco. “A coisa mais incrível da música country nos últimos anos é que ela evoluiu. Ela saiu daquele lugar tradicional para meio que abraçar todos os tipos de sons e a liberdade criativa que eu encontrei nisso é tão reconfortante. Nesse novo álbum tenho faixas country tradicionais e tenho algumas músicas mais pop também (...). Eu tenho ouvido todos os tipos de música a minha vida toda: hip-hop, pop, rock, country e eu diria que minha arte é tipo uma mistura de todas essas coisas”, explica.
Sitting Pretty On Top of The World é extremamente importante para a norte-americana. Ela explicita o quão orgulhosa está do disco e como ela enxerga um amadurecimento desde os seus primeiros trabalhos. “Eu acho que é a melhor música que já fiz. Eu vim ao mundo publicamente com 15 anos no American Idol e gravei um álbum aos 16. E então gravei outro com 20. O Road Less Traveled é todo sobre eu sair da adolescência e me tornar uma mulher. E esse álbum [Sitting Pretty On Top Of The World] me representa como mulher, representa mágoa, perda, superação na vida em geral, novo amor, novos começos e cura. Todo esse projeto é sobre minha cura e eu acho que o que o mundo mais precisa agora é de cura”.
Fazer esse álbum foi algo animador para Lauren, que transmite em sua fala e em seu sorriso a empolgação de ter feito um disco tão sincero. Ao falar sobre momentos marcantes do projeto, ela menciona algumas colaborações. “Há 3 das minhas compositoras favoritas de Nashville: Liz Rose, Lori McKenna e Hillary Lindsey. Ainda colaborar com elas provavelmente foi minha parte favorita do processo”.
Alaina também indica que a faixa de abertura “It Was Me” a tirou completamente de sua zona de conforto. “Eu acredito que seja a melhor canção que eu já escrevi, mas foi complicado, porque eu basicamente digo que é minha culpa. E é difícil fazer isso, é difícil ser a vilã, mas às vezes você simplesmente é”, revela.
O álbum foi realizado durante a pandemia. A experiência foi diferente para a cantora, já que várias das canções foram feitas pelo Zoom. Além disso, o atual momento difícil se estendeu para as letras. “Essa pandemia tem sido um período emocionalmente sobrecarregado, tipo, todos nós estamos muito emotivos e compor, pra mim, são as minhas emoções. Então eu fui capaz de colocar todas essas emoções sobrecarregadas nas músicas”.
Ela cita como exemplo “On Top Of the World”. “Eu a escrevi sobre as minhas lutas com a depressão durante essa pandemia. Eu a fiz como se fosse sobre um término mas é realmente sobre se mostrar corajosa e fingir que está tudo ótimo quando você está realmente lutando e eu acho que é isso que todos nós temos feito durante esse período”, confessa.
A norte-americana afirma que, ao mesmo tempo em que é complicado se abrir em suas músicas, é libertador. “Eu tenho escrito canções desde que era muito jovem, é assim que eu processo, é como uma terapia para mim. O processo de composição é a parte que eu amo, lançá-las para o mundo que é a parte mais difícil para mim, porque é uma coisa muito vulnerável de se fazer”.
Ano passado, antes da pandemia, Lauren estava em sua primeira turnê como headliner e ela espera poder continuar fazendo isso em breve, incluindo vir para o Brasil. “Eu realmente gostei de fazer minha própria turnê. Eu gostaria de fazer uma turnê pelo mundo todo e ir para o Brasil (...). Estou animada para me conectar com as pessoas, é minha coisa favorita de se fazer”, finaliza
Nenhum comentário:
Postar um comentário