Fletcher relembra relacionamentos e manda mensagem sobre autossuficiência em “Girl Of My Dreams”

Desde o bem-sucedido EP the s(ex) tapes, lançado em 2020, Fletcher vinha criando uma atmosfera singular para o seu álbum de estreia. Durante um Q&A realizado no Twitter no mesmo ano, a cantora contou que tinha planos de disponibilizar o projeto ainda em 2020, mas por causa da pandemia, a data sofreu alterações. E na última semana, o primeiro disco da artista, Girl of My Dreams, finalmente viu a luz do dia.

O título (em português, “Garota dos meus Sonhos”) não poderia ser mais oportuno, já que resume o trabalho inteiro de maneiras diferentes. Nas faixas iniciais, como “Sting”, “Birthday Girl”, “Becky’s So Hot” e “Better Version”, a norte-americana lamenta o fim de um relacionamento duradouro e reflete sobre o fato de sua antiga namorada ter seguido em frente e estar com outra pessoa. A amada em questão é a influencer Shannon Beveridge, musa inspiradora do the s(ex) tapes, que também trabalhou com Fletcher nos vídeos do projeto.


“Guess We Lied” surpreende ao utilizar trechos da canção “If You’re Gonna Lie”, de 2019. Não é à toa que a cantora até pediu nas redes sociais para que os fãs gravassem suas reações quando ouvissem a música! Essa linha deprê e apaixonada, envolvida pelo pop cativante da musicista, continua até “Her Body is Bible”, lead-single.

A partir de “I Think I’m Growing?”, vemos a artista se desprendendo de relações passadas e focando mais em si mesma. “Eu sou meu próprio aniversário, eu sou a única garota dos meus sonhos”, entoa na faixa título, seguida da alto-astral “Holiday”.

O projeto de 13 canções finaliza com “For Cari”, referência ao nome de batismo de Fletcher, que nada mais é do que uma carta-aberta dela para o seu próprio eu: “Então eu vou dizer adeus aos tempos difíceis e eu vou dizer fod*-se para as energias ruins”, canta.

Como ela explicou em entrevista à Billboard, o álbum, produzido por Malay (Frank Ocean, Lorde), fala a respeito de sua “narrativa de crescimento nos últimos dois anos; a desagradável dor de um coração partido evoluiu para o amor por si mesmo”. Mais do que sofrer por um término difícil e doloroso, Fletcher, de maneira muito bem executada e inteligente, passa uma poderosa mensagem sobre autossuficiência e autodescobrimento, ao mesmo tempo em que não esconde todas as suas dores ocasionadas por romances. Girl of My Dreams tem a cara dela: é sexy, é agradável e sobretudo, honesto.

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