The Lumineers volta ao Brasil após quase uma década e destaca amor por fãs do país

Com hits como "Ophelia", "Ho Hey" e "Cleopatra", o The Lumineers tem uma carreira consolidada. Formada em 2005, a banda de folk-rock segue conquistando fãs ao redor do mundo e vem ao Brasil nesta semana, pela segunda vez, em divulgação ao mais recente álbum, Brightside (2022).

Wesley Schultz, vocalista e guitarrista do grupo, recentemente bateu um papo com o Keeping Track. Ao longo da conversa, o frontman - que caracteristicamente usava um boné da Triumph Motocicletas - detalhou a fase atual da carreira, elogiou os fãs e muito mais. 

Logo no início, o músico relembrou a primeira passagem por aqui, em novembro de 2014. Na ocasião, o grupo tocou em São Paulo, no Popload Festival, e no Rio de Janeiro. “Minha memória é um pouco bagunçada, mas lembro de caminhar na praia e de subir a montanha até a estátua gigante do Cristo. As nuvens estavam cobrindo tudo, mas quando chegamos lá, o tempo mudou e tivemos aquela vista impecável. Essa é uma das minhas lembranças favoritas”, pontuou inicialmente.

Em seguida, fez questão de enaltecer a plateia brasileira: “Como uma banda, você vai para vários lugares e se lembra do público e de como eles reagem. Nunca esquecerei a energia e a animação do público brasileiro, era como uma onda chegando, nunca mais vi isso”.


Como um bom apreciador de gastronomia, Schultz teve a oportunidade de provar alguns pratos nacionais naquela época. Infelizmente, não sabe ao certo o que comeu, mas afirmou ter gostado. “Eu experimentei algumas comidas. Um cara chamado Ricardo era nosso segurança e nos levou para passear em alguns lugares. Fomos tipo numa lanchonete e comemos tipo um sanduíche cubano, mas esqueci como se chamava. E em toda a América do Sul, comemos muita carne. Eu simplesmente amo comida, então experimento qualquer coisa”, disse em tom divertido.

Mudando o tópico, o vocalista refletiu a respeito do amadurecimento enfrentado pelo The Lumineers na última década. Do disco de estreia autointitulado, disponibilizado em 2012, para agora, muita coisa mudou:

“É como se fosse um ciclo. No começo, você lança seu álbum de estreia para o mundo, como se tivesse seus maiores sucessos até aquele momento. E então o segundo álbum é claramente mais difícil de fazer porque você tem menos tempo e há toda uma pressão. Nós sentimos isso. Experimentamos o sucesso porque o mundo naquela época estava realmente ouvindo o tipo de música que fazíamos, como se fosse um revival do folk rock. Nos anos seguintes, aconteceu o mesmo com a música eletrônica. E então, quando lançamos ‘Cleopatra’, estávamos orgulhosos, sentimos que era muito bom, mas o mundo já estava ouvindo outra coisa, então foi meio como recomeçar de novo. O terceiro álbum foi sobre vício e foi realmente catártico fazê-lo, era mais pesado, sombrio, mas depois veio o lado positivo com o próximo disco, ‘BRIGHTSIDE’. Era leve e livre, talvez porque queríamos viver assim depois da pandemia, tentando criar uma realidade que não estava lá naquele momento, sabe?”


Em todos os trabalhos criados pela banda, o líder acredita que as letras acabaram sendo a prioridade das faixas. Para o futuro, ele espera poder explorar ainda mais diferentes sonoridades, como explicou:

“Eu sinto que colocamos muito foco e energia nas histórias e nas letras e eu ficaria muito animado em fazer algo como no ‘Brightside’, com muita bateria, nós normalmente não temos isso. Ir um pouco mais além dos nossos limites musicalmente falando, em vez de focar só nas letras. Bandas como The Who ou U2,  entre vários exemplos, têm músicas que começam sem nenhuma letra e mesmo assim você fica tão animado que isso te guia até o fim da música. Então eu gostaria, gostaria de explorar isso. Veremos."

Por fim, Wesley prometeu voltar ao Brasil com mais frequência e deixou um recadinho:

“Tem quase uma década desde que estivemos no Brasil. Estamos tão animados, é um lugar que nós frequentemente citamos como um dos mais loucos por causa dos fãs, que exalam tanta emoção e têm uma paixão verdadeira. É quase como quando você assiste a algum esporte. Você vê essa paixão da mesma forma no Brasil. Muita gente pensa que somos duas ou três pessoas no palco, mas normalmente estamos em seis ou sete, projetamos um grande som e esperamos trazer muito mais energia do que o esperado. Já faz tanto tempo desde que viemos e queremos tornar isso algo frequente. Esperamos que seja a cada turnê, a cada novo álbum, para que possamos ter uma relação verdadeira com o povo brasileiro. As pessoas aí são realmente lindas e interessantes, assim como a culinária, é totalmente diferente”, finaliza ele.

The Lumineers no Brasil - Serviço

São Paulo
  • Apresentação: 05/11/2023 às 21h - horário de Brasília.
  • Abertura dos portões: 19h
  • Local: Espaço Unimed
  • Endereço: Rua Tagipuru, 795 - Barra Funda, São Paulo - SP
  • Classificação: 16 anos. Sujeito a alteração por decisão judicial.
  • Ingressos na Ticketmaster
Rio de Janeiro
  • Apresentação: 07/11/2023 às 21h30 - horário de Brasília.
  • Abertura dos portões: 19h
  • Local: Vivo Rio
  • Endereço: Av. Infante Dom Henrique, 85 - Parque do Flamengo - Rio de Janeiro, RJ
  • Classificação: 16 anos. Sujeito a alteração por decisão judicial.
  • Ingressos na Ticketmaster.

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