O Sound Bullet se superou com o mais novo lançamento que marca a estreia da banda com a Sony Music. Além de novas sonoridades, o terceiro álbum do grupo, Home Ghosts, é destaque por sua composição conceitual que dialoga as distâncias físicas entre as pessoas e a necessidade por pertencimento.
O processo de criação do disco já diz muito sobre a essência da obra. A capa de Home Ghosts ilustra uma casa aparentemente abandona, porém com luzes ligadas, fazendo alusão às memórias que se eternalizam lá dentro. E foi, em meio a esse clima, que o projeto foi produzido. Composto com calma e reunindo memórias de turnês e viagens, é nítido que o todas as canções envolveram muito cuidado em sua raíz.
E, dessa forma, o quinteto amplia a sonoridade do grupo, inspirando-se pelo math rock, post-punk revival e o famoso indie. Com maestria, Sound Bullet colore suas músicas com camadas plurais de instrumentos e a voz imersiva de Guilherme Gonzalez. Juntos, constroem uma atmosfera que transcende os limites da música. É uma combinação estética e sentimental que faz de Home Ghosts um verdadeiro marco para a música alternativa nacional.
“Esse o nosso primeiro álbum pela Sony, então, é uma grande história e uma grande responsabilidade pra gente. Ao contrário do ‘Terreno’ que fomos bem poucos, tivemos ajuda de bastante gente para deixar esse álbum do jeito que queríamos. Pudemos compartilhar com as opiniões da gravadora e com o apoio deles para sair. É engraçado pensar que não somos mais independentes, ainda que o corre que nós façamos esteja aí”, explica o vocalista e guitarrista Guilherme Gonzalez.
Se no álbum Terreno, de 2017, o grupo olhava muito para o mundo externo e como ele afeta cada pessoa, em Home Ghosts vai a fundo em questões sobre o existir dentro da sociedade em busca por paz interna. E fazendo de sua composição pura poesia, Sound Bullet inaugura um grande novo capítulo de sua carreira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário