Acostumada a transitar em diversos gêneros musicais e depois de aumentar a expectativa para o novo projeto, Ludmilla lançou o tão comentado "Numanice #2". Diferente da primeira parte se aventurando no pagode, no segundo, a cantora entregou 10 faixas inéditas e sem participações.
A entrada no pagode começou apenas como uma aposta com os fãs, mas deu muito certo. O primeiro EP veio depois de ganhar o Prêmio Multishow na categoria de “Melhor Cantora”, em 2019, mas o sucesso de “Amor Difícil” fez com que a cantora continuasse no gênero.
As famosas “canetadas da Lud” estão presentes no novo trabalho já que a cantora é creditada como compositora em todas as músicas e aparece sozinha em metade delas: “Meu Homem é Seu Homem”, “Cabelo Cacheado”, “Maldivas”, que levou poucos minutos para ser escrita, “Maria Joana” e “Fora de Si”.
Em um gênero predominantemente masculino, é revigorante ver mais uma mulher cantando sobre alegrias, dores e angústias com uma voz potente acompanhada de cavaquinho, violão, repique, tantan, banjo e pandeiro e onde antes apenas homens tinham local. A representatividade fica ainda maior nas músicas em que a cantora dedica para a esposa, a bailarina Brunna Gonçalves, algo inédito no pagode.
“Senti o cheiro do perfume dela e já me deu aquele vazio, uma saudade gigante e, de repente, passei pro papel tudo o que estava sentindo e nasceu two one two”, contou a cantora sobre a criação da faixa “212”, nome do perfume da mulher de Ludmilla que está confinada na casa do Big Brother Brasil.
Com 10 anos de carreira e mesmo sendo a primeira mulher negra a conquistar 1 bilhão de streams apenas no Spotify na América Latina, Ludmilla não está satisfeita e quer mais. Não é exagero dizer que com o lançamento de "Numanice #2", a cantora se consagra como um dos principais nomes do pagode. A artista que ganhou o Brasil cantando funk, mostra mais uma vez sua versatilidade musical e aumenta a expectativa em acompanhar seus próximos passos.
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