Com uma energia contagiante e uma performance lendária, Billie Eilish fez dois shows sold out memoráveis na icônica arena Madison Square Garden, em Nova York. As apresentações fizeram parte da atual turnê mundial Happier Than Ever Tour. A convite da Universal Music, o Keeping Track teve o prazer de viver essa explosão de sentimentos de pertinho na noite do último sábado (19/02) e a gente veio contar tudo pra vocês do que rolou.
Os shows eram para terem acontecido em 2020, porém não foi possível devido aos adiamentos por conta da pandemia da Covid-19. A ansiedade construída por esses dois anos se catalizou em uma noite libertadora de muita música, celebração e esperança. Isso era nítido no brilho dos olhos dos fãs que esperam a californiana entrar no palco para sua segunda noite esgotada em uma das arenas mais respeitadas de todo o mundo. Era um momento especial não só para os fãs, que aguardavam tanto por este momento, mas para Billie que faria agora mais um feito marcante de sua escalada meteórica na indústria da música.
Para esquentar o clima, a nova estrela em ascensão Dora Jar já levantou o público com sua personalidade tão autêntica e um pop alternativo ácido. Ela agradou os fãs da Billie e mostrou ser um dos grandes nomes para colocarmos no radar em 2020. Assim que a cantora saiu do palco, o coração começou a bater ainda mais rápido para presenciarmos o fenômeno Eilish ao vivo.
Introduzida por um interlude de abertura impecável e uma percussão pulsante comandada por seu irmão Finneas e o baterista Andrew Marshal, Billie logo apareceu ao centro do palco saltando como em um passe de mágica. Nesse momento, os fãs foram a loucura. Não havia nenhuma pessoa que não gritava euforicamente de felicidade naquele momento. Foi de arrepiar olhar para as 20 mil pessoas naquele lugar vibrando junto de um dos maiores ícones da música atualmente. Com um coque de cada lado, camisa larga de estampa punk e um sorriso genuíno no rosto, Billie logo nos introduziu para a primeira música: o hit "bury a friend", que ganhou uma proporção indescritível ao vivo.
A partir daí, Billie já ganhou o público com uma presença de palco admirável e um setlist de 27 músicas que contemplou seus dois álbuns, além de “Lovely”, sua parceria com Khalid, e “No Time to Die”, o famoso tema do James Bond que rendeu à cantora uma indicação ao Oscar recentemente. Do início ao fim, o set foi uma erupção de sentimentos e de renovação.
Em músicas como "NDA", "Therefore I Am", "Oxytocin", "You Should See Me In a Crown" e "All The Good Girls Go To Hell", Billie fez uma entrega efervescente que levou o público ao delírio com uma performance digna de veterana da música. É uma maturidade artística e musical absurda. E ela não precisa de muito: apenas uma banda com dois integrantes, ótimos visuais e sua personalidade que ao mesmo tempo que beira a simplicidade em algumas vezes, também acende uma chama sem igual que torna ela essa figura tão única na indústria.
Tivemos momentos intimistas muito especiais em "Your Power" e "Male Fantasy", onde Billie e seu irmão Finneas tinham os olhos brilhando olhando para o Madison Square Garden lotado enquanto tocavam um set completamente acústico e deslumbrante. E em "Getting Older", a infância dos dois foi projetada nos telões com imagens deles quando pequenos, o que emocionou não só aos fãs, mas também a cantora, que logo no segundo verso já tinha a voz falhando com lágrimas nos olhos. Foi um sentimento muito pessoal e visceral que recebeu uma conotação especial naquela hora. "Me ver como um bebê e olhar para o Madison Square Garden agora me fez chorar muito", disse a cantora para o público após terminar a canção.
E ela pôde ver cada rosto de perto ao apresentar a música "bellyache" enquanto sobrevoava por toda a arena em cima de uma plataforma, o que nos proporcionou uma experiência ainda mais imersiva. E para encerrar com chave de ouro, tivemos um hit seguido do outro. "Everything I Wanted", "Bad Guy" e "Happier Than Ever". Essa última encerrou o show de clássicos com confetes brancos e uma sinergia catártica e eufórica ao mesmo tempo. Não poderia ter um encerramento melhor que esse: a multidão gritava cada palavra e se jogava por completo no rock poderoso que a música proporciona. Uma noite muito significativa para os fãs e para Billie Eilish, que fez história e provou o porquê de ser uma das artistas mais revolucionárias dos últimos tempos.
Após essa apresentação, ficamos esperançosos para Billie Eilish finalmente se apresentar no Brasil pela primeira vez. A cantora já tem uma legião de fãs que a espera, principalmente após os cancelamentos de sua turnê do primeiro álbum, que marcaria a estreia da cantora em terras brasileiras. O que nos resta é esperar que o Brasil logo seja mais um destino de sua nova turnê mundial.
Nenhum comentário:
Postar um comentário