Nos últimos meses, o Pearl Jam criou muitas expectativas a respeito de seu próximo álbum de estúdio. Logo no início de 2022, os músicos comentaram que estavam trabalhando num material com o conceituado produtor Andrew Watt, que já colaborou com nomes como Elton John, Rolling Stones e Ozzy Osbourne e é um grande fã do grupo.
Já em junho do ano passado, o baixista Jeff Ament relatou que a expectativa era de que o projeto saísse em 2024. Mais adiante, em novembro, o baterista Matt Cameron confirmou que o sucessor de Gigaton (2020) havia sido concluído.
Para completar, o guitarrista Stone Gossard deixou os fãs curiosos ao afirmar que o álbum seria "o mais pesado" que a banda já fez. Mike McCready corraborou com a declaração, ao descrever o novo conjunto de músicas com "elementos de bateria que Matt trazia no Soundgarden", "melodia e energia dos primeiros discos" e uma guitarra solo com maior destaque.
Isso foi confirmado em uma audição exclusiva para convidados, realizada em janeiro, nos Estados Unidos. Na ocasião, a Spin, que esteve presente, opinou:
"O álbum apresenta várias canções de rock intensas que mostram a bateria poderosa de Matt Cameron e a elegância do guitarrista Mike McCready, cujos solos aparecem mais aqui do que em ‘Gigaton’ (2020). Algumas músicas remetem ao som vibrante e voltado ao acústico do saudosoTom Petty, enquanto outras trazem a sensação de músicas anteriores do Pearl Jam, como ‘Parachutes’ e ‘All That Yesterdays’. Tematicamente, Vedder está falando sobre a conexão humana (e a falta dela), envelhecimento, paternidade e a condição do mundo."
Finalmente, nesta semana, a banda anunciou o novo disco, Dark Matter, com 11 faixas, para o dia 19 de abril. E não só isso: liberou a capa, idealizada por Alexandr Gnezdilov por meio de um caleidoscópio, além da faixa-título.
Diante do que havia sido revelado, a música é exatamente o que podia-se esperar: vocais característicos de Eddie Vedder, a essência do Pearl Jam, guitarras bem marcadas e um convite a reflexão sobre a sociedade atual. Sem dúvidas, um início memorável para uma nova era, que, nas palavras do próprio vocalista, nasceu enquanto executava Earthling (2022), seu disco solo mais recente, também produzido por Watt. "Sem exageros, é nosso melhor trabalho", pontuou.
Um comunicado conta sobre as gravações no estúdio Shangri-La Studios, em Malibu (e, diga-se de passagem, realizadas também em Beverly Hills), e acrescenta:
"'Dark Matter' mostra o espírito compartilhado pelos confidentes criativos e irmãos ao longo da vida, tocando juntos como se suas próprias vidas dependessem disso”
Com tal nota, é impossível não lembrar da observação feita por McCready à Guitar World:
"Andrew Watt trouxe para nós energia, juventude e um olhar do qual acho que precisávamos. Além de mim, ele é o cara mais hiperativo que já conheci. Um grande fã da nossa banda e um guitarrista realmente brilhante. Ele nos levou para o estúdio e nos pressionou o máximo que podíamos para extrair o melhor.”
De fato, considerando apenas a faixa "Dark Matter", o disco deve oferecer a melhor versão de cada um dos membros!
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