Depois de muita espera, o CPM 22 lançou o seu oitavo álbum de estúdio. Enfrente, primeiro trabalho com os integrantes Ali Zaher (baixo) e Daniel Siqueira (bateria), saiu nesta sexta-feira (3) em todas as plataformas digitais.
Tudo começou quando, em janeiro de 2023, o vocalista Fernando Badauí anunciou no X/Twitter que a banda, formada ainda por Luciano Garcia (guitarra) e Phil Fargnoli (guitarra), já havia dado início ao novo trabalho e que estavam na fase de composição/pré-produção - com o projeto saindo possivelmente no segundo semestre daquele ano.
Somente em agosto o integrante voltou com novidades, destacando que já tinham decidido o repertório: “Logo mais entraremos em estúdio”, prometeu. À época, disse que eram 14 faixas e, em entrevista anterior à Rádio Rock, tratou as composições como “com bastante metáforas, acho que há um lado mais político também”.
Ainda, para o programa Sem Ensaio, em setembro, descreveu uma delas com sonoridade semelhante à do Pennywise e Sick of It All, enquanto outras, voltadas para o Face to Face porque é a sua “região de cantar”. Também pontuou que as novas canções não continham elementos do ska, como as antecessoras.
Para a alegria dos fãs, então, em fevereiro, os músicos terminaram as gravações. Finalmente, agora, o resultado já pode ser conferido.
De fato, o CPM 22 apostou num trabalho totalmente punk rock, o que foi um grande acerto. Sob tal pano de fundo, ao longo das faixas, a banda mostrou profundidade, abordando temas como a pandemia (“O Ano em que a Terra Parou”), o ódio na internet (“Covarde Digital”), solidão (“Porto Seguro”) e até a paternidade (“Conselhos”). Mas, também, há espaço para levezas e até histórias engraçadas (em “Feriado Punk”, por exemplo, ou em “Urbano”, sobre a amizade).
Curiosamente, a capa mostra uma foto da Avenida Sumaré, em São Paulo. Na parte debaixo, faz uma brincadeira com as palavras “enfrentar” e “em frente” - o que tem tudo a ver com a proposta. Luciano Garcia e Ali Zaher Jr cuidaram da produção. Já Pedro Pelotas, nos teclados, sintetizadores, piano e órgão Hammond, e Fernando Lamb, vocalista da banda Não Há Mais Volta, atuaram como participações especiais. Aliás, a direção de arte ficou a cargo do baterista do mesmo grupo, Zeca Barban.
“Esse é um álbum bem punk rock 90. As músicas são muito rápidas, claro que tem variações de levadas, mas a maioria das músicas são rápidas, têm as melodias que a gente sempre gostou de por. E tem mensagens muito positivas nas letras, tem uma abordagem bem interessante de contextos sociais, mas sempre de uma forma muito positiva”, explicou Badaui em comunicado.
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